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Dom e Bruno foram baleados e mortos com munição de caça; entenda o que diz o laudo da PF

Corporação confirmou que restos mortais encontrados no local de buscas na Amazônia são de indigenista e jornalista desaparecidos.

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Foto: Arquivo pessoal/Twitter e Daniel Marenco/Agência O Globo

Um laudo de peritos da Polícia Federal confirmou, neste sábado (18), que o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips foram mortos a tiros, com munição de caça. Segundo a análise, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

O resultado soluciona algumas das questões sobre a morte da dupla, que estava desaparecida desde o dia 5 de junho, durante uma viagem na terra indígena do Vale do Javari, no Amazonas. A análise foi possível depois que restos mortais de Bruno e Dom foram encontrados, em 15 de junho. Três suspeitos estão presos pelo crime.

Veja abaixo o que diz o laudo da PF sobre as mortes:

  • Segundo a análise, o exame médico-legal realizado pelos peritos indica que a morte de Dom Phillips foi causada por traumatismo na região do tronco, com lesões principalmente na região abdominal e torácica;
  • O laudo aponta que as lesões foram causadas por um disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins – esferas de chumbo ou aço que se espalham após um tiro de espingarda;
  • Já Bruno Pereira, de acordo com a PF, foi morto por traumatismo no tronco e na cabeça;
  • A análise aponta que ele foi alvo de três tiros: dois no tórax/abdômen e um na face/crânio. A PM afirma que os disparos de arma de fogo foram feitos com munição típica de caça, com múltiplos balins;
  • O laudo aponta que “não existem indicativos da presença de outros indivíduos em meio ao material que passa por exames”. Ou seja, não há possibilidade de existência de restos mortais de outras pessoas no material que está sendo analisado.
  • A identificação de Bruno foi possível por meio de análise da arcada dentária;
  • Já Dom Phillips foi identificado por meio da arcada dentária e de exame de impressões digitais;
  • A PF afirma que os peritos vão continuar os trabalhos nos próximos dias, com exames de genética forense, antropologia forense e métodos complementares de medicina legal. O objetivo é identificar totalmente os remanescentes e compreender a dinâmica dos eventos.

Confissão e terceiro suspeito

Os restos mortais foram encontrados na quarta-feira (15), no Amazonas, após Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, confessar envolvimento no assassinato de Pereira e Phillips e indicar onde estavam os corpos.

Amarildo e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, foram presos por envolvimento nos assassinatos. Um terceiro suspeito foi identificado como Jeferson da Silva Lima, vulgo “Pelado da Dinha”, e preso neste sábado.

Em nota divulgada nesta sexta, a PF também informou que as investigações apontam que não houve mandante ou organização criminosa envolvida no crime. Segundo o texto, a apuração continua e novas prisões podem ocorrer, mas o inquérito aponta “que os executores agiram sozinhos”.

Motivação

Os corpos das vítimas teriam sido esquartejados e enterrados. A motivação do crime ainda é incerta, mas a polícia apura se há relação com a atividade de pesca ilegal e tráfico de drogas na região. Segunda maior terra indígena do país, o Vale do Javari é palco de conflitos típicos da Amazônia: desmatamento e avanço do garimpo.

Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, está detido desde 7 de junho. Segundo a polícia, ele foi visto por ribeirinhos, no dia do desaparecimento, em uma lancha logo atrás da embarcação de Pereira e Phillips. Os agentes encontraram vestígios de sangue no barco do suspeito, que vinha negando ter qualquer relação com o caso. Já Oseney, o “Dos Santos”, foi preso temporariamente na terça-feira (14).

Na quarta-feira (15), além de confessar participação nos crimes, Amarildo também indicou onde afundou a embarcação que era usada por Bruno e Dom. O restos mortais foram achados a cerca de 3,1 km de distância de onde itens pessoais do indigenista e do jornalista, como cartão de saúde e notebook, haviam sido encontrados dias atrás.

Conteúdo G1

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Taxa de suicídio entre crianças e jovens cresce 3,7% no Brasil

Embora o suicídio seja mais comum entre idosos, o aumento foi mais significativo na faixa etária dos 10 aos 24 anos.

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Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Um estudo realizado pela Fiocruz revelou um aumento preocupante de 3,7% nas taxas de suicídio e de 21% nos casos de automutilação no Brasil, no período de 2011 a 2022. Contrariando a tendência global de redução no número de suicídios, o país registrou um cenário preocupante, especialmente entre os jovens.

Embora o suicídio seja mais comum entre idosos, o aumento foi mais significativo na faixa etária dos 10 aos 24 anos. Nesse grupo, as taxas de suicídio cresceram 6%, enquanto as de autolesão aumentaram em alarmantes 29%. Enquanto a redução global de casos foi de 36%, nas Américas, incluindo o Brasil, houve um aumento de 17%.

O estudo foi conduzido pelo Cidacs (Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde), da Fiocruz Bahia, em colaboração com pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Para chegar a esses resultados, os pesquisadores analisaram meticulosamente mais de 1 milhão de dados disponíveis em três bases públicas: o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), o SIH (Sistema de Informações Hospitalares) e o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Os achados foram publicados na The Lancet Regional Health – Americas.

Bahia Notícias

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PRF prende homem por não pagar pensão alimentícia

O caso foi registrado no município de Salvador, capital baiana.

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu um homem com mandado de prisão em aberto por falta de pagamento de pensão alimentícia. O caso foi registrado no município de Salvador, capital baiana.

Era por volta das 10h durante fiscalização, policiais abordaram um carro de cor preta, e ao consultar os documentos do motorista, foi constatado um mandado de prisão em aberto.

Os agentes encaminharam o motorista à Delegacia Regional da Polícia Civil para realização das medidas cabíveis.

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Polícia Federal prende suspeitos do assassinato de Marielle Franco

Operação acontece na manhã deste domingo (24).

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Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/AFP/Arquivo

Uma operação conjunta da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal prendeu neste domingo (24) três suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018.

Foram presos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.

Além das três prisões, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado. Os agentes apreenderam documentos e levaram eletrônicos para perícia.

Os investigadores ainda trabalham para definir a motivação do crime. Do que já se sabe, o motivo tem a ver com a expansão territorial da milícia no Rio.

Os investigadores decidiram fazer a operação no início deste domingo para surpreender os suspeitos. Informações da inteligência da polícia indicava que eles já estavam em alerta nos últimos dias, após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa.

Ao aceitar o acordo de colaboração com a PF, Lessa apontou quem eram os mandantes e também indicou a motivação do crime.

Lessa está preso desde 2019, sob acusação de ser um dos executores do crime.

Os mandantes, segundo o ex-PM, integram um grupo político poderoso no Rio com vários interesses em diversos setores do Estado. O ex-PM deu detalhes de encontros com eles e indícios sobre as motivações.

Monica Benicio, viúva de Marielle, encontra-se na Polícia Federal.

Em uma publicação no X (ex-Twitter), Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, disse que “hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos”.

“Agradeço o empenho da PF, do gov federal, do MP federal e estadual e do Ministro @alexandre. Estamos mais perto da Justiça!”, completou.

Conteúdo G1

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