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SAÚDE

Especialista dá dicas para evitar que frio afete sono no inverno

Expor-se à luz ao acordar faz cérebro entender que já é dia.

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Foto: Marcelo Camargo / Arquivo Agência Brasil

As baixas temperaturas e a demora para amanhecer, condições típicas do inverno em algumas regiões do país, podem influenciar no sono e no despertar das pessoas. Especialista do Instituto do Sono explica que a baixa luminosidade afeta o chamado relógio interno e que o frio permite que as pessoas a durmam melhor, já que a diminuição da temperatura do corpo faz parte da fisiologia do sono.

O primeiro ponto é que, com a chegada do inverno, os dias vão ficando mais curtos e as noites, mais longas, o que influencia na luminosidade ao longo do dia. Segundo Gabriel Natan, biomédico e pesquisador do Instituto do Sono, a sincronização do relógio interno do organismo, que regula diversas funções do corpo, está associada à variação da luz, e a principal dica para o cérebro entender quando é dia e quando é noite é luz natural. “Por isso, a gente fica mais sonolento à noite”, ressalta.

“Durante o verão, quando acordo às 6 da manhã, é dia e, quando é dia, meu corpo reage muito melhor ao despertar, porque foi feito para entender a noite como um período de dormir. Então, se eu acordo, e o sol raiou, o despertar mais fácil é natural, o cérebro pega mais rápido a ideia de que o dia começou. Mas, no inverno, às 6 da manhã, ainda é noite. então, meu cérebro não compra a ideia de que está no momento de despertar”, explicou.

Segundo Natan, isso acontece porque a melatonina, que é o hormônio do sono, é secretada durante a noite ou no escuro. “Se eu acordo [no escuro] no inverno, ainda estou no período em que a melatonina está me dizendo: ainda é noite; então, não é a hora de acordar.”

Além disso, o sono biológico do ser humano, para acontecer, depende de uma diminuição de temperatura. “Quando a gente dorme, a temperatura central vai diminuindo um pouco, então a gente prefere, biologicamente, dormir no frio. Não um frio intenso – a temperatura ideal para o sono o humano está ao redor dos 18 graus”, disse Natan. Isso, desde que a pessoa esteja agasalhada e em um ambiente adequado para dormir.

Luz e café

O especialista disse que esses dois pontos podem dificultar o hábito de acordar cedo no inverno em algumas regiões do país e deu algumas dicas que podem ajudar as pessoas a despertar durante os dias mais frios, que costumam ter pouca luminosidade na parte da manhã.

“Se as jornadas de trabalho fossem flexíveis, acordar mais tarde não seria tanto um problema. Mas, na prática isso acontece. Por isso, vamos considerar aqui que a pessoa continua tendo que acordar no horário em que sempre acordou. Só que chegou o inverno, e ela está acordando no escuro. O que a pessoa tem que fazer? Ficar reprogramando o despertador a cada 5 minutos? [Isso] a gente evita, porque você está se enganando achando que está dormindo, mas de 5 em 5 minutos, não dorme. Fecha os olhos, mas o sono não aprofunda”, enfatizou.

Natan recomenda que a pessoa exponha-se à luz assim que acordar e ligue equipamentos como rádio ou TV. “Faz com que o cérebro, mesmo que no tranco, entenda que começou o dia. E a luz é importante para isso, não tem outra coisa, senão a luz. Para acordar, tem que ser aquela baita luz para te mostrar que o dia começou. Mesmo que lá fora esteja escuro, [é preciso] que você se exponha à luz.”

Natan Gabriel apontou ainda o café como auxiliar para despertar, desde que as pessoas não exagerem no consumo. “A ideia do café de manhã, sim, ele vai fazer muito bem para acordar, mas que a gente maneire ao longo do dia, porque o mesmo café que te acorda de manhã vai tirar teu sono à noite, então a gente não pode exagerar na dose”, disse.

Pessoas com arritmias, doenças do coração em geral, hipertensão ou ansiedade devem ter cuidado no consumo de bebidas estimulantes como o café, alertou o pesquisador.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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SAÚDE

Casos de dengue em gestantes aumentam 345% em 2024

Aumento representa um quadro preocupante de saúde pública.

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Foto: Nuzeee / Pixabay

O número de casos de dengue em gestantes aumentou 345,2% nas seis primeiras semanas deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023, segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde divulgados nesta sexta-feira (1º). 

“Este aumento representa um quadro preocupante de saúde pública, considerando o risco elevado de complicações graves, tanto para elas quanto para os bebês. Formas graves da doença, como choque, hemorragias e óbito representam riscos para as gestantes, enquanto as complicações perinatais incluem prematuridade, restrição de crescimento intrauterino e morte fetal”, informou a pasta. 

Segundo o ministério, em 2023 foram registrados 1.530.940 casos prováveis no país, com um coeficiente de incidência de 753,9 casos por 100 mil habitantes, o que representa um aumento de 16,5% em comparação com o ano anterior.

Desde o início do ano, o Brasil registrou 1.038.475 casos prováveis de dengue e 258 mortes confirmadas pela doença. Outros 651 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país neste momento é de 511,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses.

Agência Brasil

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