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Mesmo com severas dificuldades, universidades são essenciais à democracia, ressaltam reitores

O encontro, na Biblioteca de Saúde da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Canela, aconteceu um dia após o lançamento da Carta pela Democracia.

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Em ordem: Marcelo Fonseca, Marcus David, Paulo Miguez e João Salles | Foto: BN

Reitores de 48 universidades e institutos federais que integram a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) reuniram-se, nesta sexta-feira (12), em Salvador, para debater o cenário político e administrativo que estas repartições públicas atravessam.

O encontro, na Biblioteca de Saúde da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Canela, aconteceu um dia após o lançamento da Carta pela Democracia – que contou com a forte participação de figuras públicas, intelectuais, entidades e da classe artística como um todo.

Não à toa, a reunião teve como foco assuntos relacionados com a defesa do estado democrático de direito e do ensino público de qualidade. Outro tema norteador da ocasião foi o impacto dos cortes de verbas pelo governo federal.

Sobre o assunto, o professor Marcelo Fonseca, presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), afirmou que com o anúncio mais recente de redução de repasses pela gestão, houve uma perda efetiva de 7,2% do orçamento, de modo linear, em todas as universidades.

Com reflexos negativos diversos, a diminuição de recursos tem reduzido o poder das universidades em tocar atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de prejudicar a continuidade das políticas de assistência estudantil.

“Como o orçamento aprovado no final do ano passado para 2022 já era considerado como insuficiente por todos os reitores e reitoras, inclusive pelo MEC, essa situação se torna absolutamente desesperadora”, completou o docente, que vê nestes espaços de saber uma posição de protagonismo no que se relaciona ao processo democrático.

Esta visão também é defendida pelo antecessor de Fonseca, Marcus David, dirigente da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e que passou o cargo no fim do mês passado.

“No atual cenário, por mais inacreditável que pareça, a democracia voltou a ser questionada. Os princípios democráticos passaram a ser questionados e as universidades também têm um papel importante nessa defesa. Não foi coincidência que todas as manifestações de ontem tiveram como base as universidades. É porque não existe universidade ambiente que não seja democrático”, argumentou.

Para ele, há um contexto de asfixia orçamentária e de questionamento da legitimidade das universidades. Juntas, na interpretação de David, fazem com que tenhamos “a crise mais severa da nossa história”. Dois modelos poderão ser discutidos a partir de agora: o de continuidade da desvalorização ou de formulação de algo que ele chamou de um “projeto de nação”, pautado na ciência, na tecnologia, na cultura e na educação como vetores fundamentais.

O evento desta sexta também aconteceu um dia antes do encerramento do mandato do professor João Carlos Salles na cadeira de titular da Reitoria da Ufba. O docente deixa o cargo após oito anos.

Ao Bahia Notícias, Salles conta que, ao longo dos dois mandatos consecutivos, a comunidade acadêmica enfrentou ataques que vão desde restrições financeiras até investidas contra a imagem da universidade. Apesar disso, segundo ele, a unidade não só avançou, como promoveu o essencial, a manutenção da unidade.

“A comunidade Ufba se manteve unida em função da realização das tarefas de ensino, pesquisa e extensão. No caso da época da pandemia, que foi um episódio que nos afeta ainda, protegendo a vida da comunidade, protegendo seus valores. Esse é o maior legado”.

Pouco antes da abertura da plenária da Andifes, João Carlos destacou que a associação tem, corriqueiramente, sido convocada a reagir a notícias desagradáveis. “Mas eu quero registrar que a Andifes veio à Bahia no momento em que eu estou encerrando esse mandato. Não deixa de ser uma forma de prestígio da Universidade Federal da Bahia”, ponderou.

Quem assume a batuta a partir da próxima semana é o economista e atual vice-reitor Paulo Miguez. Referendado pela maioria dos membros da insituição baiana, ele foi um dos que leram a Carta pela Democracia no ato realizado em apoio ao manifesto popular (confira aqui).

“Os tempos são muito difíceis para a universidade pública brasileira. A Ufba sabe disso porque ao longo dos últimos oito anos nós tivemos que fazer muitos enfrentamentos para garantir que essa casa continuasse sendo a grande aposta que a sociedade faz no seu futuro. Não será diferente daqui pra frente”, projetou Miguez.

No entendimento do educador, apesar das dificuldades, a universidade continuará resistindo. “Como assim foi em tempos difíceis ao longo da história dela, ela permanecerá aberta. Nós encontraremos caminhos para fazer com que isso aconteça”, arrematou.

Bahia Notícias

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EDUCAÇÃO

Na Bahia, 17 campi do Instituto Federal da Bahia estão em greve

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) está com indicativo de greve; no entanto, sem data para adesão

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Foto: Andressa Lopes/Rede Clube

Os professores e servidores das instituições em greve, reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro. Os níveis de paralisação variam. Em algumas instituições, professores e técnicos-administrativos aderiram à greve. Em outros casos, apenas os professores, ou apenas os técnicos, estão paralisados.

Na Bahia, 17 campi do Instituto Federal da Bahia também entraram em greve. Além disso, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) está na lista das instituições que aderiram à greve nesta segunda. Já a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) está com indicativo de greve; no entanto, sem data para adesão.

O Ministério da Educação declarou, por meio da assessoria de imprensa, que “vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias”. A pasta diz ainda que vem participando das mesas de negociação que trata de condições de trabalho dos servidores que atuam nas instituições de educação.

Conteúdo/Fonte: Metro1

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Enem 2024: prazo para pedir isenção começa nesta segunda

Saiba quem tem direito e como solicitar.

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Foto: Divulgação/Depositphotos

Começa nesta segunda-feira (15) o prazo para solicitar a isenção de pagamento da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Na edição de 2023, o valor da inscrição foi de R$ 85.

Os pedidos de isenção devem ser submetidos na Página do Participante (enem.inep.gov.br/participante) com o login do gov.br até 26 de abril.

Abaixo, confira as respostas para as principais dúvidas sobre o benefício e sobre o Enem 2024.

💰 Quem tem direito à isenção de taxa?

  • Participantes que estão no 3º ano do ensino médio de escolas públicas;
  • alunos que estudaram durante todo o ensino médio na rede pública ou como bolsistas integrais da rede privada, desde que tenham renda familiar per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo (R$ 1.980);
  • cidadãos em vulnerabilidade social, membros de família de baixa renda com inscrição no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

💻 Como solicitar a isenção? É preciso entrar na Página do Participante e informar o CPF, a data de nascimento, o e-mail e um número de telefone válido.

☹️ E quem estava isento no Enem 2023, mas não fez a prova? Nesse caso, é necessário entrar na Página do Participante e justificar a ausência (anexando um atestado médico ou um boletim de ocorrência, por exemplo). Caso contrário, perderá o direito à isenção.

✉️ Quando saem os resultados da isenção? Em 13 de maio. Caso o pedido seja negado, é possível entrar com recurso entre 13 e 17 de maio.

📝 Quem conseguir a isenção precisa se inscrever no Enem? Sim. Todos, isentos ou não, deverão fazer a inscrição no Enem 2024, no período que ainda vai ser divulgado pelo Inep.

Datas do período de isenção e justificativa

  • 15 a 26 de abril: justificativa de ausência no Enem 2023 e solicitação de isenção do Enem 2024.
  • 13 de maio: resultado da justificativa de ausência no Enem 2023 e solicitação de isenção do Enem 2024.
  • 13 a 17 de maio: recurso da justificativa de ausência no Enem 2023 e solicitação de isenção do Enem 2024.
  • 24 de maio: resultado do recurso da justificativa de ausência no Enem 2023 e solicitação de isenção do Enem 2024.

Conteúdo G1

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Universidades e institutos federais marcam greve a partir de segunda-feira (15)

De acordo com nota do sindicato, por tempo indeterminado.

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Foto: reprodução / Agência Brasil

Professores de universidades e institutos federais aprovaram greve, marcada para esta segunda-feira (15), reivindicando reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais àqueles concedidos ao Legislativo e Judiciário, ainda neste ano. Os servidores técnico-administrativos de pelo menos 30 institutos federais já estão em greve há um mês.

Em pauta nacional unificada, os docentes das universidades federais pedem reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. Já o governo federal propôs reajuste zero este ano, e dois reajustes de 4,5% em 2025 e 2026. Os professores também cobram a equiparação dos benefícios e auxílios com os dos servidores do Legislativo e do Judiciário.

Segundo a seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), os serviços essenciais serão mantidos durante a greve. A categoria ainda encaminhou a formação de um comando local de greve, que será composto pela diretoria da seção sindical, conselho de representantes e a comissão de mobilização da campanha salarial.

Univerdade estadual também aprova paralisação

Os docentes da Universidade do Estado da Bahia aprovaram por unanimidade a paralisação das atividades acadêmicas, em todos os campi da universidade, por 24h, na próxima quinta-feira (18). A manifestação, de acordo com publicação do sindicato ADUNEB, terá concentração às 9h, em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

O dia de paralisação contra o Governo Estadual terá como mote: “Não queremos viver pela metade”. Uma das principais reivindicações da Frente Única de Servidoras/es Públicas/os é a abertura da mesa de negociações.

BNews

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