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Cresce em 32% número de feminicídios na Bahia, diz SSP

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A Bahia registrou 32% de aumento em casos de feminicídio no ano passado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram 101 casos registrados em 2019 contra 76 em 2018. Os dados foram divulgados durante a apresentação do balanço de ações da secretaria no Centro de Operações e Inteligência (COI), no CAB, nesta segunda-feira (13).

O secretário de Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, comentou os dados e disse que são múltiplas as causas para o aumento de feminicídios no estado. “Começa com agressão verbal, depois passa para agressão moral, agressão física e, depois, acaba gerando uma situação mais grave. Então, por ter uma multiplicidade de causas, temos que atuar em rede. Não adianta só a polícia trabalhar, tem que haver um conjunto com outras instituições”, declarou Barbosa durante coletiva.

Para o sociólogo Luiz Cláudio Lourenço, um dos coordenadores do Laboratório de Estudos Sobre Crime e Sociedade (Lassos/Ufba), não só o feminicídio como outras formas de violência contra a mulher têm números altos na Bahia. “É algo que não pode ser resolvido de maneira simples. Tem que passar por um processo de respeito a todas as conquistas que as mulheres tiveram nos últimos anos. Esses números mostram que ainda falta muito para convivermos bem em sociedade”, diz.

“Essa tipificação de feminicídio é nova. Então, muitos casos já ocorriam, mas só foram classificados como tal recentemente. A partir da constatação de que mulheres estão sendo mortas por serem mulheres, o dado ganha importância”, completa. Lourenço aponta que fatores ligados ao machismo e à masculinidade tóxica são agravantes desse fenômeno.

Protocolo de medidas
O secretário disse que até fevereiro deste ano um protocolo de medidas será adotado com uma das alternativas para reduzir o número de feminicídios no estado. “A SSP tem desenvolvido um trabalho com a Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), em conjunto com a Polícia Militar, Civil, Defensoria Pública e Justiça, definindo um protocolo para que cada uma dessas organizações tenha ideia do que precisa ser feito para uma atuação em rede”, disse.

O secretário citou alguns exemplos do que pode ser feito neste trabalho em equipe. “Por exemplo, a demora da conclusão de um inquérito ou a demora no oferecimento da denúncia contra o agressor, é algo que precisa ser visto. Ou a demora na obtenção de uma medida cautelar, que pode fazer com que o agressor cometer o feminicídio”, declarou o secretário.

Além das duas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam), em Brotas e Periperi, outras 10 unidades especializadas estão espalhadas pelos demais 416 municípios baianos. Combater o feminicídio no interior é um dos desafios da SSP.

“O que a gente tem feito juntamente com a SPM é a capacitação dos profissionais de delegacias onde não há Deams, de como proceder e atuar em casos de violência contra a mulher. Mesmo em locais onde não temos condições de abrir uma Deam, ele tem que atuar conforme o protocolo de atendimento das delegacias especiais de atendimento à mulher. E naqueles locais onde não temos um efetivo condizente para abrir uma nova delegacia, mas se tem condições de se especializar esse atendimento, nós criamos um núcleo de atendimento às mulheres vítimas de violências, a exemplo de Santo Antônio de Jesus”, explicou Barbosa.

Outra medida no combate aos assassinatos de mulheres é a ampliação da Operação Ronda Maria da Penha, da Polícia Militar. “Vamos fazer a instalação mais nove unidades no estado”, acrescentou Barbosa.

No ano passado, foram realizadas 76 prisões em 24 mil rondas ostensivas. Em 2019 foram 10.482 fiscalizações de medidas protetivas, segundo a SSP.

As polícias militares e civis de alguns estados brasileiros, a exemplo da Bahia, já deixaram de divulgar em páginas institucionais, redes sociais e à imprensa informações relativa a presos, como nome e foto. A mudança acontece em razão da vigência da lei de abuso de autoridade, desde o dia 3 de janeiro. Em relação ao impacto nas investigações, principalmente nos casos de feminicídios, Barbosa disse:

“Somos operadores do direito, não podemos ir contra o que foi definido pelo legislativo. Temos que fazer cumprir a lei e então vamos passar a divulgar somente as pessoas que estão sendo procuradas pro entendimento jurídico. Aí sim há um interesse público que se sobrepõe ao interesse da pessoa, que tem um mandado de prisão expedido, é foragido da justiça. Nesses casos, vamos divulgar através do baralho do crime, ou algum questionamento que a imprensa vier a fazer”.

Redução em outros crimes
Operações constantes para desarticular quadrilhas especializadas contra instituições financeiras e apreensão das armas utilizadas por esses grupos conseguiram reduzir em quase 26% o número de ocorrências em 2019. Este é o quinto ano consecutivo de redução desta modalidade de crime. Os dados criminais e as ações policiais de 2019 também foram apresentados na manhã desta segunda-feira (13), pelo secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa. Leia mais AQUI.

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Defensores públicos da Bahia marcam greve para 15 de maio

A decisão da categoria é motivada pela busca pela aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 154/2023.

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Foto: divulgação/DPE

Em Assembleia-Geral Extraordinária realizada nesta sexta-feira (3/5), defensores e defensoras públicos da Bahia, reunidos de forma híbrida (virtual e presencial) no auditório do edifício Thomé de Souza, na Avenida ACM, em Salvador, deliberaram pela entrada em greve a partir do próximo dia 15 de maio. Mais de 100 profissionais participaram do encontro, representando diversas regiões do estado.

A decisão da categoria é motivada pela busca pela aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 154/2023, que visa garantir a simetria constitucional com outras carreiras jurídicas, conforme estabelecido no inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal. Os defensores afirmam que as atividades só serão retomadas após a aprovação deste projeto.

“Temos consciência de nossa função social e, por isso, manteremos os atendimentos de urgência, como as custódias, questões relacionadas à infância e adolescência e aquelas ligadas à saúde”, destacou Tereza Almeida, presidente da Associação de Defensoras e Defensores Públicos do Estado da Bahia (Adep).

Almeida ressaltou o histórico de diálogo da Associação com os poderes Executivo e Legislativo baianos, enfatizando que o PLC 154/2023, que trata da reestruturação da carreira dos defensores, precisa ser aprovado. “Realizamos paralisações para chamar a atenção para nossa causa. O PLC 154/2023 foi colocado em pauta em dezembro e trata da reestruturação da nossa carreira. Precisamos dessa aprovação”, afirmou.

Além da decisão de greve, a Assembleia também definiu a criação do Comando de Greve, composto por cinco pessoas, sendo três membros da diretoria executiva e dois associados. Comissões de Mobilização, Comunicação, Jurídica e Infraestrutura e Logística serão formadas para fornecer suporte tanto na capital quanto no interior durante o período de paralisação.

AratuOn

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BAHIA

Baianos estão desaparecidos depois das fortes chuvas no Rio Grande do Sul

Casal estava no município de Estrela-RS e não faz contato com a família desde o último dia 30.

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Foto: Arquivo Pessoal

O casal de baianos, Juliene Ferreiras Lopes, 19 anos, e Lucas Ferreira Borges, 22 anos, está desaparecido, desde o último dia 30, no município de Estrela, Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. A região é uma das afetadas pelos temporais que atingem o estado e já deixaram 39 mortos, 68 desaparecidos e 74 feridos.

Juliene e Lucas mudaram para o Rio Grande do Sul, há cerca de seis meses, para trabalhar. A família estava mantendo contato com os dois desde que os temporais começaram.

Na terça-feira (30), eles perderam contato com o casal. A última informação que tiveram foi a de que Juliene e Lucas estavam num abrigo por conta das chuvas.

A irmã de Juliene, Carol Lopes, disse que falava com ela ao telefone quando Juliene avisou que precisaria desligar a chamada porque o abrigo estava sendo alagado. Desde então, a família não teve mais notícias do casal.

A família disse ainda que já tentou contato com o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, mas não obteve retorno.

O g1 Bahia entrou em contato com a Polícia Civil de Porto Alegre, que disse não ter ainda o nome das pessoas desaparecidas pela dificuldade de acesso e de contato com as áreas isoladas pela chuva.

CONTEÚDO g1

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Sobe para 59 número de mortes por dengue na Bahia

Dados foram atualizados pela Secretaria de Saúde do Estado no dia 3 de maio.

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Foto: Raul Santana/Fiocruz/Divulgação

Com a confirmação de mais mortes, nesta sexta-feira (3), sobe para 59 o número de vítimas da dengue na Bahia. O estado tem 256 dos 417 municípios em epidemia da doença.

Os últimos três óbitos foram registrados em Encruzilhada, Jacaraci e Vitória da Conquista, cidades localizadas no sudoeste do estado.

A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) indicou um aumento de 702,9% nos casos da doença em 2024. Até o dia 20 de abril, 153.404 casos prováveis foram notificados no estado. No mesmo período de 2023, o registro foi de 19.106 casos.

Vitória da Conquista segue liderando o número de casos, com 27.787, seguida por Salvador, com 7.208, e Feira de Santana, com 6.891 casos prováveis da doença.

A Bahia possui taxa de letalidade de 2,9%, menor do que a média nacional.

Veja abaixo a lista de cidades onde ocorreram mortes por conta da dengue:

  • Vitória da Conquista (13)
  • Jacaraci (5)
  • Feira de Santana (4)
  • Juazeiro (4)
  • Piripá (3)
  • Caetité (2)
  • Santo Antônio de Jesus (2)
  • Barra do Choça (2)
  • Coaraci (2)
  • Caetanos (1)
  • Campo Formoso (1)
  • Carinhanha (1)
  • Encruzilhada (3)
  • Guanambi (1)
  • Ibiassucê (1)
  • Irecê (1)
  • Macaúbas (1)
  • Palmas de Monte Alto (2)
  • Santo Estevão (1)
  • Seabra (1)
  • Várzea Nova (1)
  • Bom Jesus da Lapa (1)
  • Caculé (1)
  • Ipiaú (1)
  • Luís Eduardo Magalhães (1)
  • Caraíbas (1)
  • Maraú (1)
  • Tanque Novo (1)

Chikungunya e zika

Além da dengue, o mosquito aedes aegypti também transmite outras duas arboviroses: zika e chikungunya.

Neste ano, foram registrados dois óbitos por chikungunya nos municípios de Teixeira de Freitas e Ipiaú. Nenhum óbito por zika foi confirmado.

Conteúdo G1

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