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Artemis I: depois de vários atrasos, Nasa volta à Lua com seu ‘mais poderoso foguete’

O voo de teste é sem tripulação, mas representa a primeira fase do histórico programa de retorno ao nosso satélite natural.

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Foto: Nasa

Depois de vários atrasos não planejados nos últimos meses, a Nasa deu início na madrugada desta quarta (16) ao primeiro passo do programa que promete retornar humanos à Lua.

O lançamento foi adiado novamente depois que técnicos da Nasa encontraram vazamentos de hidrogênio. A contagem regressiva ficou suspensa até que os ajustes fossem feitos.

Por enquanto, a Artemis I é uma missão não tripulada: nenhum ser-humano está a bordo do “mais poderoso foguete” construído pela agência espacial, o Space Launch System – SLS (em português, Sistema de Lançamento Espacial).

Mas se tudo ocorrer como planejado desta vez, a expectativa é que em 2025, esse mesmo megafoguete leve astronautas de volta ao solo lunar, incluindo a primeira mulher e a primeira pessoa negra.

Abaixo, você vai ver em detalhes como será esta primeira missão da Nasa e quais são os próximos passos da agência espacial. Antes, veja um resumo desta reportagem em 6 tópicos:

  • Embora a missão não tenha tripulação, o SLS é o primeiro foguete da agência, preparado para tripulantes, lançado à Lua em quase 50 anos;
  • A Artemis I deve durar cerca de um mês e está levando três manequins dentro de uma cápsula tripulável com mais de 1.000 sensores chamada Orion;
  • Um dos principais objetivos da Nasa durante essa viagem é medir fatores como a vibração dentro dessa cápsula, a aceleração e a radiação;
  • Fora isso, os cientistas também querem saber se a cápsula sobreviverá as altíssimas temperaturas de reentrada na Terra;
  • Se tudo der certo, a agência planeja uma viagem tripulada com a Artemis 2 ao redor da Lua em 2024 e, finalmente, uma missão de pouso com a Artemis 3 em meados de 2025 ou 2026;
  • A longo prazo, com o sucesso dessas missões, a Nasa planeja “estabelecer a presença humana na Lua” para facilitar viagens espaciais a destinos mais distantes da Terra, incluindo Marte.

O que é o programa Artemis?

É um programa de missões lunares liderado pela Nasa, a agência espacial norte-americana.

Seu nome deriva da deusa grega Artemis, irmã gêmea do deus Apolo, que deu o nome às missões originais de pouso na Lua, nos anos 1960.

O programa visa pousar “a primeira mulher e a primeira pessoa de cor na Lua” em meados desta década. Antes disso, a Nasa planeja duas missões de ensaio ao redor da Lua.

A primeira acontece agora e não é tripulada. A segunda deve acontecer em 2024 e aí sim será tripulada, embora não pousará no satélite natural.

No futuro mais distante, a Nasa planeja ainda não apenas explorar a superfície da Lua, mas também estabelecer a presença humana em sono lunar e construir uma estação espacial chamada Gateway.

O que são o foguete SLS e a cápsula Orion?

O SLS é um megafoguete que enviará ao espaço a cápsula Orion, veículo que servirá de transporte para a nossa próxima geração de astronautas.

Com 98 metros, o SLS é mais alto que a Estátua da Liberdade e classificado pela Nasa como seu “mais poderoso foguete”. Embora um pouco menor que o Saturno V, que enviou os astronautas Buzz Aldrin e Neil Armstrong à Lua em 1969, o novo foguete produz 4 milhões de kg de empuxo, o equivalente a 14 aviões Boeing 747.

Já a cápsula Orion, acoplada no topo do SLS, tem cerca de 20 metros e foi projetada para suportar o ambiente hostil do espaço. Seu componente principal, o ambiente pressurizado onde os astronautas viajarão em futuras missões, tem apenas 7 metros de altura.

“Com seu poder e capacidades sem precedentes, o SLS é o único foguete que pode enviar a Orion, astronautas e cargas de transporte diretamente para a Lua em uma única missão”, afirma a Nasa.

A Artemis I vai pousar na lua? Como vai ser essa missão?

Não veremos um pouso lunar desta vez.

Se tudo ocorrer como planejado, essa viagem ao redor da Lua levará cerca de 25 dias.

Primeiro, a cápsula viajará os 384.000 km que separam a Terra da Lua durante vários dias. Assim que entrar na órbita da Lua, a cápsula permanecerá lá por aproximadamente seis dias enquanto coleta diversos tipos de dados (veja infográfico abaixo).

Depois de deixar a órbita, a Orion viajará por milhares de quilômetros além do lado oculto da Lua (o lado que não conseguimos avistar aqui da Terra) antes de dar a meia volta para retornar ao nosso planeta.

No total, a Orion viajará mais de 3 milhões de quilômetros durante sua missão e entrará na atmosfera da Terra a cerca de 40.000 km/h.

“O ponto-chave da missão não acontece até os seus últimos minutos, quando voltamos a mergulhar na atmosfera da Terra depois de retornar da Lua a algo como 39 mil km/h, com um escudo de calor a 2.750ºC”, disse à agência Reuters o cientista planetário e astronauta da NASA Stanley Love.

Por que a Nasa ainda não tinha lançado o foguete?

Em outubro, a agência espacial americana informou que teve que adiar a primeira tentativa de lançamento devido a um problema de esfriamento de um dos motores do seu megafoguete SLS.

Contudo, em uma entrevista coletiva no mesmo mês, a Nasa informou que tudo estava okay com o motor 3, e que uma análise dos seus engenheiros verificou que, na verdade, era o sensor de temperatura do equipamento que estava indicando um dado errado.

Depois desse problema, a missão não tripulada Artemis 1 foi adiada pelo furacão Ian, que castigou a Flórida, local de decolagem do foguete.

A agência remarcou então tinha remarcado um lançamento para 14 de novembro, mas agora por causa da tempestade tropical Nicole essa data também foi descartada e os técnicos da Nasa decidiram segurar mais um pouco.

O que a Artemis está levando nessa primeira missão?

10 pequenos satélites experimentais de baixo custo chamados de CubeSats estão sendo lançados nessa primeira etapa da Artemis. Esses satélites, que não são muito maiores que uma caixa de sapatos, pesam cerca de 11 quilos cada e serão lançados ao espaço assim que Orion se separar do estágio superior do SLS.

Alguns desses satélites irão focar em projetos diversos, mas a maioria deles fornecerão à NASA e a empresas privadas dados que podem eventualmente ser usados para o auxílio de futuras missões à Lua.

Dentro da cabine da Orion há ainda quatro assentos ajustáveis, mas desta vez eles não estão sendo ocupados por seres-humanos nem outros animais.

Esta primeira missão da Artemis está levando na verdade três manequins, chamados de Helga, Zohar e Comandante Moonikin Campos, que serão usados pela agência americana para coletar dados cruciais da missão. São esses dados que ajudarão a Nasa entender o que os futuros astronautas de carne e osso experimentarão durante uma possível missão tripulável.

Os manequins gêmeos Helga e Zohar, por exemplo, estão dentro da Orion para detectar, entre outras coisas, os níveis de radiação, vibração e aceleração durante a Artemis I.

Além disso, a Nasa está enviando ao espaço uma série de itens. O ‘kit de voo oficial’ inclui bandeiras de países, microchips com nomes dos funcionários que trabalharam na Artemis I, pen-drives, insígnias de escoteiros, mascotes como o Snoopy (famoso personagem do cartunista Charles Schulz) e até uma réplica impressa em 3D da deusa Artemis.

E os outros lançamentos?

Por ora, haverá pelo menos mais duas missões do programa: a Artemis II e III; ambas enviarão astronautas de volta à Lua.

A Artemis II será bem semelhante à Artemis I, mas com a diferença que levará uma tripulação humana, que ainda não foi escolhida.

Já a Artemis III será a primeira missão tripulada da agência espacial americana que pousará na Lua desde 1972. A agência pretende fazer história com o programa e pousar a primeira mulher e a primeira pessoa não-branca na superfície lunar em meados de 2025.

Enquanto as missões Artemis visam principalmente explorar o nosso satélite natural, os objetivos de longo prazo da Nasa são ainda mais ambiciosos. No futuro, a agência espera que o programa ajude no desenvolvimento da ciência astronômica que permitirá a exploração humana de Marte.

A agência explica que as missões lunares oferecem uma oportunidade perfeita para a testagem de ferramentas, equipamentos e tecnologias que podem ser úteis numa viagem tripulada ao planeta vermelho.

Mas isso é algo que deve ocorrer somente no final da próxima década, na melhor das expectativas.

Conteúdo G1

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Petição pelo fim do abate de jumentos reúne quase 35 mil assinaturas

O abate dos animais foi regulamentado no Brasil em 2016.

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Crédito: Reprodução

A polêmica sobre a liberação do abate de jumentos ganhou mais um capítulo. Entre janeiro e abril deste ano, uma petição que exige o fim do abate dos animais reuniu 34.502 assinaturas. Ativistas da causa animal defendem que os jumentos são vítimas de maus-tratos e correm o risco de entrar em extinção. Depois do abate, o couro dos jumentos é exportado para a China, enquanto que a carne é enviada para o Vietnã.

O abate de jumentos para a exportação no Brasil começou em 2016, a partir de um acordo entre o Governo Federal e a China. Ao longo dos anos, três frigoríficos, inspecionados pela União, foram autorizados a realizar o abate na Bahia. A prática já aconteceu nas cidades de Amargosa, Itapetinga e Simões Filho. Hoje, apenas a primeira cidade tem estabelecimento autorizado, de acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri).

A ativista e advogada Gislaine Brandão, da Frente Nacional de Defesa dos Jumentos (FNDJ), afirma que os animais são vítimas de maus-tratos durante a espera para o abate e o deslocamento até o frigorífico. Existe ainda uma preocupação com o risco sanitário de disseminação da doença de mormo, que pode infectar animais e pessoas.

“Já não se tem mais jumentos hoje em dia na Bahia como antigamente. Os poucos que tem são capturados. Não existe cadeia produtiva de jumentos. Eles são comprados a preço baixo e vendidos para os frigoríficos”, diz. Na China, o couro da espécie é utilizado para a produção do eijao – produto amplamente utilizado na medicina tradicional asiática.

A inspeção é feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Em setembro de 2018, cerca de 200 jumentos foram encontrados mortos em Itapetinga, em decorrência de maus-tratos na fazenda de criação da empresa chinesa Cuifeng Lin. Eles seriam abatidos no Frigorífico Regional Sudoeste, que ainda realiza abates de outras espécies.

Três meses após o episódio, a Justiça da Bahia proibiu, em caráter liminar, o abate de jumentos em frigoríficos na Bahia. A solicitação foi feita por cinco entidades de defesa dos animais, que entraram com uma ação civil pública contra a União e o estado da Bahia. Em setembro de 2019, o Tribunal Regional Federal (TRF) voltou a autorizar o abate dos animais.

A fiscalização dos processos que compõem o abate dos animais é de competência das esferas estadual e federal. A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, vinculada à Seagri, inspeciona os locais onde os jumentos ficam armazenados e o transporte. Já o Ministério da Agricultura e Pecuária fiscaliza os frigoríficos.

“A atividade é regular, legal, legítima e autorizada pelo Ministério da Agricultura. A Adab fez uma regulamentação de trânsito dessa situação, através de uma portaria de 2020, que disciplina o trânsito interno para o abate dos animais para a preservação da espécie”, diz Carlos Augusto Spinola, diretor de defesa animal da Adab.

A reportagem tentou entrar em contato com a prefeitura de Amargosa, onde o abate é realizado, através da assessoria de imprensa, mas não houve resposta.

Conteúdo Correio

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Anderson Leonardo, cantor do Molejo e ícone do pagode dos anos 1990, morre aos 51 anos

Pagodeiro se tratava contra um câncer na região inguinal desde 2022.

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Foto: Reinaldo Marques/Globo

Ícone do pagode dos anos 1990, Anderson Leonardo, de 51 anos, do grupo Molejo, morreu nesta sexta-feira (26), 1 ano e meio após um diagnóstico de câncer na região inguinal. A informação foi confirmada pela assessoria do cantor e pelo perfil oficial do grupo.

“Nosso guerreiro ANDERSON LEONARDO lutou bravamente, mas infelizmente foi vencido pelo câncer, mas será sempre lembrado por toda família, amigos e sua imensa legião de fãs, por sua genialidade, força e pelo amor aos palcos e ao MOLEJO. Sua presença e alegria era uma luz que iluminava a vida de todos ao seu redor, e sua falta será profundamente sentida e jamais esquecida, nós te amamos”, diz a mensagem postada em uma rede social.

Mais conhecido como Anderson Molejão, por causa da conexão com o grupo Molejo, o cantor fez história com seus sucessos animados e bem-humorados.

Nascido no Rio de Janeiro, Anderson é um dos formadores do grupo carioca de pagode, junto com Andrezinho, Claumirzinho, Lúcio Nascimento, Robson Calazans e Jimmy Batera.

Anderson estava internado no Hospital Unimed, na Barra da Tijuca, e seu quadro vinha piorando desde domingo (21).

Conteúdo G1

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Erupção de vulcão faz Indonésia elevar grau de perigo e emitir alerta de tsunami

Cerca de 11 mil pessoas foram obrigadas a abandonar a áreas de risco, nesta quarta-feira (17).

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Foto: AFP Photo/Centro de Vulcanologia e mitigação de riscos geológicos/PVMBK

A erupção de um vulcão na Indonésia levou o país a emitir um alerta para risco de tsunami, na noite de quarta-feira (17). As autoridades também elevaram o nível de alerta para o Monte Ruang para o mais alto diante do aumento das atividades vulcânicas.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram raios e relâmpagos de cor roxa acima do vulcão. Uma nuvem de cinzas de quase 3 km de altura também se formou. Veja no vídeo acima.

A montanha registrou ao menos cinco grandes erupções nas últimas 24 horas. As autoridades temem que parte do monte caia no mar e provoque um tsunami. Algo semelhante foi registrado em 1871.

Além disso, em 2018, a erupção do vulcão Anak Krakatoa na Indonésia provocou um tsunami ao longo das costas de Sumatra e Java, depois de partes da montanha caírem no mar. À época, mais de 400 pessoas morreram e milhares ficaram feridas.

Nesta quarta-feira, cerca de 11 mil pessoas foram retiradas de áreas de risco. O governo pediu para que moradores e turistas fiquem a uma distância de pelo menos 6 km do vulcão.

O Monte Ruang fica em uma ilha remota no norte da Indonésia. A agência de vulcanologia havia alertado na segunda-feira (15) que a atividade do vulcão tinha aumentado após dois terremotos registrados nas últimas semanas.

A Indonésia registra atividades sísmicas e vulcânicas frequentes por sua localização no “Anel de Fogo do Pacífico”. O país tem cerca de 120 vulcões ativos.

Conteúdo G1

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