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Governo publica Orçamento de 2024 com veto de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão

Lei Orçamentária Anual foi sancionada pelo presidente Lula (PT) e publicada nesta terça-feira (23).

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Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 foi oficialmente publicada em edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (23). O presidente Lula (PT) vetou R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão, mantendo o montante de R$ 11 bilhões.

Lula sancionou todo o texto aprovado pelo Congresso Nacional, com exceção de trechos que atingem parte das emendas de comissão. A receita total estimada nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social é de R$ 5,4 trilhões. Veja detalhes mais abaixo.

O veto nas emendas de comissão havia sido adiantado ainda na segunda-feira (22) pelo blog do Gerson Camarotti. Depois, o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), confirmou a informação.

No Diário Oficial, o governo justificou o veto devido à redução de dotações de despesas primárias que haviam sido programas pelo Poder Executivo durante a tramitação do Orçamento no Congresso Nacional.

Segundo o governo, parte dos recursos que haviam sido programados pelo Executivo acabou sendo direcionado para emendas de comissão permanente do Senado, da Câmara e da comissão mista permanente do Congresso Nacional.

“Em que pese a boa intenção do legislador no sentido de direcionar recursos a áreas de legítimo interesse das comissões autoras das emendas, e diante da redução supracitada, ficam comprometidas programações relevantes que demandam recomposição, mesmo que parcial, sendo necessário o veto de parte das dotações relativas às emendas”, justificou.

Pelo texto aprovado no Congresso Nacional, as emendas ocupariam até R$ 16 bilhões do Orçamento de 2024.

O veto que atinge as emendas de comissão será analisado pelo Congresso, podendo ser mantido ou derrubado.

O que são as emendas de comissão

Conhecidas como RP8, essas emendas são direcionadas pelas comissões permanentes da Câmara e do Senado. Elas não são impositivas, ou seja, não existe reserva de recursos no Orçamento para o pagamento delas. Por isso, não costumam ser totalmente executadas.

Durante as negociações sobre o texto, no fim do ano passado, os parlamentares tentaram impor um calendário de pagamento para as emendas de comissão o que, na prática, tornaria obrigatória a execução delas.

A medida, no entanto, foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.

Texto aprovado pelo Congresso

O texto da LOA aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023 prevê um superávit de R$ 3,5 bilhões, que vai de encontro com a meta fiscal de déficit zero estabelecida pela LDO.

Pela regra aprovada pelo arcabouço fiscal, a meta será considerada cumprida se o resultado primário estiver dentro de um intervalo de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos.

Além disso, foram aprovados R$ 4,96 bilhões para o Fundo Eleitoral. O valor, que vai financiar as campanhas nas eleições municipais, é igual ao das eleições de 2022. O governo tinha proposto uma dotação menor, de R$ 940 milhões.

O Congresso também aprovou o total de R$ 73,2 bilhões para investimentos federais.

Despesas previstas

De acordo com a LOA, o valor total de despesas previstos para 2024 é de R$ 5,4 trilhões. Deste total:

R$ 2 trilhões serão direcionados para o Orçamento Fiscal, excluído o refinanciamento da Dívida Pública Federal;
R$ 1,6 trilhão irá para o Orçamento da Seguridade Social;
R$ 1,7 trilhão irá para o Refinanciamento da Dívida Pública Federal.

As despesas do Orçamento Fiscal são aqueles referentes aos Poderes da União, fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, com exceção da Seguridade Social e dos investimentos das estatais não dependentes.

Já as despesas do Orçamento da Seguridade Social compreendem os gastos em ações de saúde, previdência e assistência social de órgãos e entidades da administração direta ou indireta, incluindo fundos mantidos pelo poder público.

Veja, a seguir, as despesas previstas por órgão nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.

  • Ministério da Previdência Social: R$ 929,7 bilhões
  • Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 281,9 bilhões
  • Ministério da Saúde: R$ 232 bilhões
  • Ministério da Educação: R$ 181 bilhões
  • Ministério da Defesa: R$ 126,4 bilhões
  • Ministério do Trabalho e Emprego: R$ 110,4 bilhões
  • Ministério dos Transportes: R$ 56,3 bilhões
  • Ministério da Fazenda: R$ 33 bilhões
  • Justiça do Trabalho: R$ 26,9 bilhões
  • Ministério das Cidades: R$ 22,3 bilhões
  • Ministério da Justiça e Segurança Pública: R$ 21,9 bilhões
  • Justiça Federal: R$ 16,1 bilhões
  • Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: R$ 12,8 bilhões
  • Justiça Eleitoral: R$ 11,9 bilhões
  • Ministério da Agricultura e Pecuária: R$ 11,3 bilhões
  • Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional: R$ 9,8 bilhões
  • Ministério Público da União: 9,3 bilhões
  • Ministério de Minas e Energia: R$ 9,0 bilhões
  • Câmara dos Deputados: R$ 8 bilhões
  • Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos: R$ 6,5 bilhões
  • Senado Federal: R$ 5,9 bilhões
  • Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: R$ 5,8 bilhões
  • Ministério de Portos e Aeroportos: R$ 5,4 bilhões
  • Ministério das Relações Exteriores: R$ 4,5 bilhões
  • Advocacia-Geral da União: R$ 4,4 bilhões
  • Banco Central do Brasil: R$ 4,1 bilhões
  • Justiça do Distrito Federal e dos Territórios: R$ 3,8 bilhões
  • Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima: R$ 3,6 bilhões
  • Ministério da Cultura: R$ 3,5 bilhões
  • Ministério do Planejamento e Orçamento: R$ 3,3 bilhões
  • Presidência da República: R$ 3,2 bilhões
  • Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços: R$ 2,9 bilhões
  • Tribunal de Contas da União: R$ 2,8 bilhões
  • Ministério do Esporte: R$ 2,5 bilhões
  • Ministério do Turismo: R$ 2,2 bilhões
  • Superior Tribunal de Justiça: R$ 2,1 bilhões
  • Ministério das Comunicações: R$ 2,0 bilhões
  • Controladoria-Geral da União: R$ 1,3 bilhão
  • Supremo Tribunal Federal: R$ 897 milhões
  • Ministério dos Povos Indígenas: R$ 849 milhões
  • Defensoria Pública da União: R$ 761 milhões
  • Justiça Militar da União: R$ 758 milhões
  • Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania: R$ 502 milhões
  • Ministério das Mulheres: R$ 480 milhões
  • Ministério da Pesca e Aquicultura: R$ 356 milhões
  • Conselho Nacional de Justiça: R$ 297 milhões
  • Ministério da Igualdade Racial: R$ 180 milhões
  • Conselho Nacional do Ministério Público: R$ 115 milhões
  • Gabinete da Vice-Presidência da República: R$ 15 milhões

Conteúdo G1

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Governo mantém aplicação de provas do ‘Enem dos Concursos’ em todo o Brasil

Havia a possibilidade de adiamento por conta dos temporais que atingiram o Rio Grande do Sul.

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Foto: Freepik/Reprodução

O governo federal anunciou que vai manter o Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como “Enem dos Concursos”. As provas serão aplicadas neste domingo (5) em todo o país.

A confirmação foi dada nesta quinta-feira (2), após reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros no Palácio do Planalto, em Brasília.

Desde o início dos temporais que atingiram o Rio Grande do Sul, houve a possibilidade de mudança da data. Mais cedo, o governo federal reconheceu situação de calamidade pública no estado.

“O governo federal envidará todos os esforços para garantir, no Rio Grande do Sul, a participação dos candidatos, em diálogo com as autoridades federais, estaduais e municipais competentes”, informou o Ministério da Gestão e da Inovação.

Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29) já causaram 31 mortes e tiraram mais de 14,5 mil pessoas fora de casa. No total, 147 cidades sofreram algum tipo de prejuízo.

Conteúdo G1

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INSS pagou R$ 193 milhões a 17 mil mortos, diz CGU

O número foi divulgado nesta quinta-feira (2) pelo Metrópoles.

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Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O INSS pagou R$ 193 milhões a beneficiários com indicativo de óbitos entre janeiro de 2019 e junho de 2023. De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), os pagamentos foram feitos a 17,7 mil pessoas com óbito registrado em bases de dados governamentais. Apenas no mês de junho de 2023, foram identificados pagamentos a 2.950 beneficiários com registro de óbito, num total de R$ 5,5 milhões.

A fiscalização da CGU apontou que 75% dos pagamentos continuaram sendo realizados até três meses depois do registro do óbito no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) e no Sistema de Controle de Óbitos (Sisob). Os dados são checados ainda junto às bases do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Receita Federal.

O número foi divulgado nesta quinta-feira (2) pelo Metrópoles. A auditoria cruzou os dados da chamada Maciça do INSS, a atualização periódica na folha de pagamento do instituto, com os dados do Sisob e so Sirc.

“A partir do cruzamento desses dados, identificaram-se 17.738 beneficiários na Maciça cujo CPF do titular consta nessas bases como falecido, envolvendo 18.747 benefícios que totalizam R$ 193.136.813,11 em pagamentos pós-óbito”, diz o relatório.

No período analisado, a CGU aponta o crescimento no volume de pagamentos feitos pelo INSS a beneficiários mortos de 2019 a 2022, com queda em 2023. Foram pagos R$ 35,3 milhões em 2019, R$ 41,7 milhões em 2020, R$ 42 milhões em 2021 e R$ 46 milhões em 2022, com redução para R$ 27,6 milhões no ano passado.

Como causas dos pagamentos indevidos, a CGU apontou a falha na rotina automatizada de tratamento de óbitos e falhas no sistema Dataprev. “Ressalta-se a importância da utilização de outras fontes de informação, por exemplo, a base do CadSUS, que possibilitam a identificação de óbito e funcionam como mecanismos complementares nos casos em que o tempo entre o registro do óbito no Cartório e no Sirc seja extenso”, sugeriu a CGU.

Bahia Notícias

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Rio Grande do Sul decreta estado de calamidade pública por conta das cheias

A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado na noite desta quarta-feira (1º).

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Foto: TV Globo/Reprodução

O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública nesta quarta-feira (1º) pelos “eventos climáticos de chuvas intensas”. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado.

O decreto destaca que o Rio Grande do Sul é atingido por chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais de grande intensidade, sendo classificados como desastres de Nível III – caracterizados por danos e prejuízos elevados.

Com a entrada em vigor, fica decretado que órgãos e entidades da administração pública estadual prestarão apoio à população nas áreas afetadas. Acrescenta que poderá ser encaminhada solicitação semelhante por municípios, que serão avaliadas e homologadas pelo Estado.

O Decreto deve vigorará por 180 dias segundo o governo do Rio Grande do Sul.

Chuva histórica

O governador do Rio Grande do Sul disse nesta quarta que o temporal que atinge a região desde segunda-feira (29) “será o maior desastre do estado”. Eduardo Leite (PSDB) comparou a situação com as tragédias de 2023, que mataram dezenas de pessoas, e admitiu a dificuldade de resgatar todas as pessoas afetadas.

A manifestação foi feita durante entrevista coletiva na sede da Defesa Civil, em Porto Alegre. Os temporais já deixaram 10 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos, segundo a Defesa Civil. O último boletim informou 4,4 mil desalojados e desabrigados no estado.

Uma 11ª vítima, uma adolescente de 17 anos, teve o corpo localizado pela Polícia Civil após um deslizamento de terra em Santa Maria, na Região Central do RS. A identidade dela não foi divulgada. A morte ainda não consta no balanço da Defesa Civil.

“Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates, porque está muito mais disperso nesse evento climático que a gente está vivenciando. E com dificuldades, porque ali as chuvas não cessam. O estado tem tido dificuldades para acessar as localidades”, disse Leite.

O governador pediu que as pessoas que vivem nas cidades afetadas saiam de casa, porque as forças de segurança não conseguem chegar a todos os locais para resgate.

O governo anunciou ainda a suspensão das aulas na rede pública estadual. A medida vale na quinta (2) e na sexta-feira (3) em escolas de todo o Rio Grande do Sul.

Ao todo, foram registrados problemas em 107 municípios, afetando 19.110 pessoas. A previsão do tempo alerta para risco de chuva por, pelo menos, mais 36 horas no RS.

Ajuda federal

Na terça (30), Leite chegou a pedir “urgência” da ajuda federal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Força Aérea enviou helicópteros, mas o resgate foi difícil em razão das condições climáticas. Lula afirmou que visitará o Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (2).

“É um momento de enfrentamento como de uma guerra, que não tem um inimigo a ser combatido, mas que tem obstáculos críticos para serem superados”, falou Leite.

Em três eventos climáticos no ano passado, o estado registrou 75 mortes. A tragédia no Vale do Taquari, em setembro, deixou 54 vítimas. A mesma região está sendo atingida pelos temporais desta semana, que também ocorrem no Vale do Rio Pardo, Vale do Caí e Região Central do estado, em Santa Maria.

“[Em 2023] Nós tivemos uma enxurrada, mas, em seguida, o tempo nos deu condição de entrar em campo para fazer socorro, resgate e salvar centenas de vidas naquelas condições. Neste momento, nós estamos tendo muitas dificuldades operacionais para colocar as equipes em campo”, afirmou o governador.

Barragens

Eduardo Leite ainda falou do risco de rompimento da barragem Quatorze de Julho na Serra do RS.

“Caso continuem as chuvas, nós podemos ter um risco real de rompimento dessa barragem. Municípios que são afetados são Cotiporã, São Valentim, Santa Bárbara, Santa Teresa, Muçum”, alertou.

O estado tem um plano de evacuação da região, segundo Leite.

Conteúdo G1

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