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SAÚDE

Julho amarelo: campanha reforça prevenção e alerta sobre as hepatites

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Julho foi instituído como o mês para chamar a atenção para a luta contra as hepatites virais, reforçando as iniciativas de vigilância, prevenção e controle da doença – na campanha anualmente batizada de “Julho Amarelo”. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, 400 milhões de pessoas são portadoras do vírus das hepatites B e C e não sabem, e 1,4 milhão de pessoas são infectadas anualmente pelo vírus da Hepatite A.

A OMS reconhece as hepatites virais como um desafio para a saúde pública mundial e aponta que cerca de 60% dos casos de câncer de fígado são causados pelos tipos B e C. Dados de balanço do Ministério da Saúde apontam para mais de 35 mil mortes por hepatites virais entre 2000 e 2016, sendo que mais de 70% dos óbitos foram decorrentes do tipo C.

Na Bahia, em 2019, 508 novos casos de hepatites B e C já foram registrados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Segundo o Boletim Epidemiológico 2018, o Brasil registrou 40.198 casos novos de hepatites virais e os casos da doença são mais frequentes em homens de 20 a 39 anos.

“As hepatites virais são doenças infectocontagiosas causadas por diferentes vírus, dentre os quais, os A, B e C merecem mais destaque. O vírus da hepatite A, pelo fato da alta transmissão, apesar de ter evolução benigna na grande maioria dos casos, e os vírus B e C por causarem a doença de forma silenciosa, podendo evoluir para cirrose e câncer do fígado”, pontua o coordenador do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Cárdio Pulmonar, o gastroenterologista Allan Rêgo.

Transmissão e tratamento

A transmissão do vírus da Hepatite A acontece pela ingestão de água e alimentos contaminados por fezes, e os principais sintomas são cansaço, dor abdominal, alteração da cor dos olhos e urina, que se apresentam muito amarelos.

A transmissão da Hepatite B é essencialmente sexual, mas também pode acontecer por via vertical – no momento do parto, da mãe para o recém-nascido. Já a transmissão do vírus da Hepatite C se dá, predominantemente, por via parenteral, ou seja, através do contato com sangue ou derivados.

“O tratamento da Hepatite A não exige uma medicação específica. Normalmente, os pacientes evoluem bem e o organismo elimina o vírus. As hepatites B e C, quando crônicas, devem ser tratadas com medicamentos específicos disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Especialmente para a Hepatite C, os novos esquemas de tratamento conferem taxas de cura que se aproxima de 100%”, pontua o especialista.

Alerta

Allan Rêgo destaca que todas as pessoas que receberam transfusão sanguínea antes de 1992 e aqueles que se enquadrem em condições de “risco”, especialmente os usuários de drogas endovenosas (porque, muitas vezes, compartilham agulhas e seringas), devem realizar o exame diagnóstico para Hepatite C. Como destaca o médico, existem vacinas para as hepatites A e B e especialmente a última está disponível na rede pública para indivíduos de até 49 anos.

“Aproveitamos o mês de julho para chamar a atenção da importância da prevenção das hepatites, que são consideradas problema de saúde pública. É importante alertar que, além do vírus, a inflamação no fígado pode ser provocada pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, sendo, muitas vezes, silenciosas”, pontua o gastroenterologista Allan Rêgo.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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