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SAÚDE

Mulheres correspondem a mais de 62% das mortes por asma na Bahia

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Chiado e aperto no peito, falta de ar, tosse, despertar noturno, excesso de muco ou catarro e dificuldade para realizar simples tarefas. Esses são alguns dos sintomas de pessoas que têm uma das condições crônicas mais comuns do mundo: a asma. Apesar de frequentemente controlada, a inflamação dos brônquios pode matar.

Na madrugada do último domingo (25), a atriz, escritora e roteirista Fernanda Young, 49, passou mal no sítio da família, em Gonçalves (MG), e a crise de asma evoluiu para uma parada cardíaca. A artista convivia com a patologia desde a infância.

Fernanda faz parte do grupo que costuma ser mais afetado por complicações da doença: as mulheres. Na Bahia, desde 2015, 542 pessoas do sexo feminino morreram, enquanto 324 homens foram a óbito. Os dados da Secretaria de Saúde do estado (Sesab) apontam, então, que elas correspondem a 62,58% dos óbitos por asma. Só em 2019, já foram registradas 96 mortes – 69 dessas vítimas são mulheres.

Em entrevista ao bahia.ba, a pneumologista Larissa Voss Sadigursky, membro da Sociedade Baiana de Pneumologia, explicou que alguns estudos mostram a prevalência da doença nas mulheres adultas.

No entanto, de acordo com ela, não há comprovação científica, até o momento, sobre a incidência de casos e mortes femininas. “Existem algumas hipóteses, como os fatores fisiológicos ligados a questão do sexo feminino, a interferência da parte hormonal, haja vista que algumas mulheres pioram no período perimenstrual”, afirmou.

Um desses estudos foi o do Instituto Walter e Eliza Hall, na Austrália, de 2017. As conclusões da investigação, publicada no Journal of Experimental Medicine, encontraram uma “culpada”: a testosterona. De acordo com a pesquisa, o alto nível da substância nos homens os “protege”. O hormônio seria um potente inibidor das células linfoides inatas, uma célula imune que está associada ao início da asma.

A equipe de investigadores apontou que a testosterona atua diretamente sob as células ILC2, inibindo a sua proliferação. Elas estão presentes nos pulmões, na pele e em outros órgãos. As ILC2 produzem proteínas inflamatórias que podem causar inflamações pulmonares, em resposta a estímulos comuns que originam a asma alérgica.

Além da questão hormonal, outro ponto levantado pela pneumologista Larissa Voss Sadigursky é a de que as mulheres, na maioria das vezes, estão mais expostas aos “antígenos de casa e da higiene ambiental”, como, por exemplo, mofo, poeira, produtos de limpeza, fumaça e pelos de animais. “Isso daí é um fator que certamente piora os sintomas relacionados à asma”, afirmou.

Existe uma outra hipótese, no entanto, que aponta para o fato de as mulheres cuidarem mais da saúde do que os homens. Nesse caso, as pessoas do sexo feminino teriam uma maior percepção dos sintomas da asma e, consequentemente, iriam em busca de tratamento com frequência. De acordo com a médica, as mulheres costumam ser mais observadoras com relação à saúde.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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