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Na Bahia, maus-tratos a crianças e adolescentes têm crescimento de 28% entre 2021 e 2022

A avaliação referente ao ano de 2022 avalia apenas o período entre janeiro e novembro, não contando com dezembro, enquanto 2021 considera os 12 meses do ano.

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Foto: Marcello Casal Jr. / EBC

Os casos de maus-tratos contra crianças e adolescentes registraram um crescimento de 28,3% entre 2021 e 2022 na Bahia, com 385 ocorrências no ano passado. Os dados foram obtidos pelo Bahia Notícias através dos dados da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca), da Polícia Civil. A avaliação referente ao ano de 2022 avalia apenas o período entre janeiro e novembro, não contando com dezembro, enquanto 2021 considera os 12 meses do ano.

As violências físicas/sexuais, em geral, registraram um crescimento de 17,54%, alcançando 1.005 denúncias entre janeiro e novembro do ano passado. Em 2021, a Polícia Civil notificou que recebeu 855 ocorrências. Para violência física/sexual foram considerados os crimes de estupro, lesão corporal, maus-tratos, tentativa de estupro e tentativa de homicídio.

As violências psicológicas, portanto, registraram uma leve diminuição de 0,78%, saindo de 384 casos em 2021 para 381 denúncias até dezembro do ano passado. Para as ocorrências de violência psicológica, foram considerados a incidência de ameaça, importunação sexual e injúria.

Ao todo, os crimes contra as crianças e os adolescentes registraram um crescimento de 11,8% entre 2021 e 2022. No ano passado, a Polícia Civil afirmou ter recebido 1.386 denúncias, enquanto no período anterior foram reportados 1.239 casos de crimes contra menores de idade.

No geral, o Brasil registrou quase 20 mil casos de maus-tratos contra crianças e adolescentes em 2021. Sendo um aumento de 21% em relação a 2020, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Ao Bahia Notícias, a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CECA), Regina Affonso, ressaltou a importância de acionar a polícia em casos de violência contra as crianças e adolescentes. Além disso, a conselheira lembrou que é preciso não expor as vítimas, por fotos ou vídeos, seguindo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“Além de procurar os órgãos que recebem as denúncias, é preciso acionar imediatamente a polícia. Além disso, é preciso não expor a criança, porque isso a lei garante. É preciso não expor a criança através de vídeos, de fotografias, porque isso também é proibido. Nós temos no artigo 227 da Constituição um enunciado da absoluta prioridade à criança e adolescente assegurado pela família e o Estado, o direito à vida, saúde, educação, além de os colocar a salvo de qualquer tipo de violência”, disse Regina.

Em resposta ao crescimento dos casos, a Polícia Civil ressaltou que realiza o combate aos casos de crimes contra menores por meio de operações investigativas, citando algumas ações da corporação. Além disso, os oficiais lembraram das medidas socioeducativas adotadas pela Dercca, para alertar adultos e crianças da importância de denunciar os casos.

“Por intermédio da Dercca e de suas unidades operativas realiza ações investigativas contínuas e operações como, Calêndula, Cinderela fases I, II e III, para a identificação e prisão de criminosos, por meio do cumprimento de mandados de prisão e flagrantes. A Polícia Civil também participa de operações nacionais para o combate a crimes desta natureza, como a Luz na Infância”, disse a Polícia Civil.

“Além disso, organiza campanhas educativas em shoppings e locais públicos da capital, como a Guardiões da Infância e Florescer, a fim de esclarecer aos adultos e crianças, os tipos de crimes e a importância da denúncia. Conforme análise da Dercca, as campanhas de conscientização e aproximação com a sociedade tendem a gerar novas denúncias e registros de crimes, que antes não eram de conhecimento da unidade especializada”, completou.

Bahia Notícias

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BAHIA

Defensores públicos da Bahia marcam greve para 15 de maio

A decisão da categoria é motivada pela busca pela aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 154/2023.

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Foto: divulgação/DPE

Em Assembleia-Geral Extraordinária realizada nesta sexta-feira (3/5), defensores e defensoras públicos da Bahia, reunidos de forma híbrida (virtual e presencial) no auditório do edifício Thomé de Souza, na Avenida ACM, em Salvador, deliberaram pela entrada em greve a partir do próximo dia 15 de maio. Mais de 100 profissionais participaram do encontro, representando diversas regiões do estado.

A decisão da categoria é motivada pela busca pela aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 154/2023, que visa garantir a simetria constitucional com outras carreiras jurídicas, conforme estabelecido no inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal. Os defensores afirmam que as atividades só serão retomadas após a aprovação deste projeto.

“Temos consciência de nossa função social e, por isso, manteremos os atendimentos de urgência, como as custódias, questões relacionadas à infância e adolescência e aquelas ligadas à saúde”, destacou Tereza Almeida, presidente da Associação de Defensoras e Defensores Públicos do Estado da Bahia (Adep).

Almeida ressaltou o histórico de diálogo da Associação com os poderes Executivo e Legislativo baianos, enfatizando que o PLC 154/2023, que trata da reestruturação da carreira dos defensores, precisa ser aprovado. “Realizamos paralisações para chamar a atenção para nossa causa. O PLC 154/2023 foi colocado em pauta em dezembro e trata da reestruturação da nossa carreira. Precisamos dessa aprovação”, afirmou.

Além da decisão de greve, a Assembleia também definiu a criação do Comando de Greve, composto por cinco pessoas, sendo três membros da diretoria executiva e dois associados. Comissões de Mobilização, Comunicação, Jurídica e Infraestrutura e Logística serão formadas para fornecer suporte tanto na capital quanto no interior durante o período de paralisação.

AratuOn

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BAHIA

Baianos estão desaparecidos depois das fortes chuvas no Rio Grande do Sul

Casal estava no município de Estrela-RS e não faz contato com a família desde o último dia 30.

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Foto: Arquivo Pessoal

O casal de baianos, Juliene Ferreiras Lopes, 19 anos, e Lucas Ferreira Borges, 22 anos, está desaparecido, desde o último dia 30, no município de Estrela, Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. A região é uma das afetadas pelos temporais que atingem o estado e já deixaram 39 mortos, 68 desaparecidos e 74 feridos.

Juliene e Lucas mudaram para o Rio Grande do Sul, há cerca de seis meses, para trabalhar. A família estava mantendo contato com os dois desde que os temporais começaram.

Na terça-feira (30), eles perderam contato com o casal. A última informação que tiveram foi a de que Juliene e Lucas estavam num abrigo por conta das chuvas.

A irmã de Juliene, Carol Lopes, disse que falava com ela ao telefone quando Juliene avisou que precisaria desligar a chamada porque o abrigo estava sendo alagado. Desde então, a família não teve mais notícias do casal.

A família disse ainda que já tentou contato com o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, mas não obteve retorno.

O g1 Bahia entrou em contato com a Polícia Civil de Porto Alegre, que disse não ter ainda o nome das pessoas desaparecidas pela dificuldade de acesso e de contato com as áreas isoladas pela chuva.

CONTEÚDO g1

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Sobe para 59 número de mortes por dengue na Bahia

Dados foram atualizados pela Secretaria de Saúde do Estado no dia 3 de maio.

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Foto: Raul Santana/Fiocruz/Divulgação

Com a confirmação de mais mortes, nesta sexta-feira (3), sobe para 59 o número de vítimas da dengue na Bahia. O estado tem 256 dos 417 municípios em epidemia da doença.

Os últimos três óbitos foram registrados em Encruzilhada, Jacaraci e Vitória da Conquista, cidades localizadas no sudoeste do estado.

A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) indicou um aumento de 702,9% nos casos da doença em 2024. Até o dia 20 de abril, 153.404 casos prováveis foram notificados no estado. No mesmo período de 2023, o registro foi de 19.106 casos.

Vitória da Conquista segue liderando o número de casos, com 27.787, seguida por Salvador, com 7.208, e Feira de Santana, com 6.891 casos prováveis da doença.

A Bahia possui taxa de letalidade de 2,9%, menor do que a média nacional.

Veja abaixo a lista de cidades onde ocorreram mortes por conta da dengue:

  • Vitória da Conquista (13)
  • Jacaraci (5)
  • Feira de Santana (4)
  • Juazeiro (4)
  • Piripá (3)
  • Caetité (2)
  • Santo Antônio de Jesus (2)
  • Barra do Choça (2)
  • Coaraci (2)
  • Caetanos (1)
  • Campo Formoso (1)
  • Carinhanha (1)
  • Encruzilhada (3)
  • Guanambi (1)
  • Ibiassucê (1)
  • Irecê (1)
  • Macaúbas (1)
  • Palmas de Monte Alto (2)
  • Santo Estevão (1)
  • Seabra (1)
  • Várzea Nova (1)
  • Bom Jesus da Lapa (1)
  • Caculé (1)
  • Ipiaú (1)
  • Luís Eduardo Magalhães (1)
  • Caraíbas (1)
  • Maraú (1)
  • Tanque Novo (1)

Chikungunya e zika

Além da dengue, o mosquito aedes aegypti também transmite outras duas arboviroses: zika e chikungunya.

Neste ano, foram registrados dois óbitos por chikungunya nos municípios de Teixeira de Freitas e Ipiaú. Nenhum óbito por zika foi confirmado.

Conteúdo G1

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