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SAÚDE

Nutricionistas apontam substitutos para o açúcar

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Se é por falta de motivo para aquela velha e boa resolução de diminuir a quantidade de açúcar, aí vai um: “ele não tem sequer uma função importante no organismo”, garante a nutricionista Erica Santos. “Carboidratos são nutrientes importantes. São fontes de energia preferenciais, mas há outros, muitos mais nutritivos que o açúcar, que trazem excelentes benefícios para a saúde”, relata ela.

De acordo com a também nutricionista Mariana Uchôa, o consumo em excesso de açúcares está ligado ao aumento significativo de doenças como obesidade, diabetes, resistência à insulina, esteatose hepática (gordura no fígado) e cáries dentárias.

E vale a pena ter cuidado com pegadinhas nas prateleiras do supermercado. “Mesmo que você não leia a palavra açúcar no rótulo, ele pode estar lá escondido como néctar de agave, xarope de arroz marrom ou de frutose, dextrose ou suco de cana evaporado”, explica a profissional, demonstrando a importância de ficar atento.

Consumo
Uma pesquisa de 2014 da Sucden, multinacional do ramo açucareiro, mostrou que o Brasil é o quarto país no mundo em consumo de açúcares. Conforme recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde), a quantidade diária de açúcares livres (todo aquele que não é natural das frutas ou do leite) não deve exceder 10% da ingestão calórica total, tanto para adultos quanto para crianças. No entanto, de acordo com dados da Secretaria Especial de Desenvolvimento Social, em 2016, o consumo médio de açúcar da população brasileira era de aproximadamente 16,3% das necessidades diárias de energia.

Mariana conta que o ideal equivale a uma média de 25g de açúcar por dia numa dieta de 2 mil calorias, incluindo o açúcar oculto em alimentos e bebidas, como é o caso de refrigerantes. “Cada latinha possui uma média de 40g de açúcares. Numa de suco em caixa, por exemplo, há quase 50g. E olhe que tem gente que considera o suco industrializado uma opção saudável”, aponta.

Substituição
Vanécia Matos, de 32 anos, que trabalha como consultora em uma concessionária de veículos, optou por uma vida sem açúcares, mas não menos doce. “Eu tenho dois avós com diabetes e descobri um hipotireoidismo, então resolvi retirá-lo da dieta”, diz.

Ela diz que passou a comer e beber algumas coisas sem adoçar. Como gosta muito de doce, procurou uma nutricionista que indicou a Stevia e o mel. “Fiz a transição aos poucos. Substitui primeiro pelo mascavo e depois cortei de vez. Tem um ano”, diz ela que só adoça mesmo o café.

Segundo Erica, essa é a melhor forma de abandonar o cristal branco, aos poucos. “Açúcar vicia. No caso, sugere-se a redução gradativa, com demerara, depois mascavo, pois possuem algumas vitaminas e minerais”, reflete. Ela, inclusive, enumera que, numa escala de qualidade, o mascavo vem antes do demerara e do branco.

De acordo com Mariana, o açúcar afeta mensageiros químicos cerebrais como a serotonina, que dá sensação de bem-estar, e a dopamina, da recompensa. Por isso, muitas pessoas que ingerem doces buscam a sensação de prazer.

Ainda segundo a nutricionista há outras formas de alcançar esse bem-estar. “A prática de atividade física ajuda, já que melhora a química do cérebro, elevando níveis de serotonina, dopamina e endorfina”, diz. “Pessoas que malham começam a se sentir melhor”, complementa a profissional.

O início, como em qualquer reabilitação, pode ser difícil. Algumas pessoas relatam mal-estar e dores de cabeça. Vanécia lembra que o início foi um pouco desagradável, mas apenas pela questão do paladar, “porque tem um sabor diferente”. Mas que os resultados posteriores foram positivos. “Senti o corpo desinchar. Além disso, senti que tive bem menos espinhas”, conta.

Possibilidades
Se quer fazer essa transição, saiba que as possibilidades são muitas. “Na minha prática clínica, procuro estimular pacientes a reduzirem ou retirarem totalmente o açúcar adicionado aos alimentos, buscando sempre estimular o consumo de opções mais saudáveis e naturais”, relata Mariana.

Além de mascavo e demerara, outras opções para substituição são açúcar de coco, mel, melaço, adoçantes naturais, como o Esteviosídeo, ou os artificiais.

Segundo Erica, esses últimos devem ser consumidos apenas por quem tem restrição no consumo de açúcar, os diabéticos, e os que não conseguem tirá-los da alimentação. “Estudos relatam que há a possibilidade de desenvolvimento de câncer com o consumo frequente de adoçantes artificiais”, comenta. De acordo com Mariana, isso também pode aumentar a absorção de carboidratos pelo intestino e aumentar a produção de insulina no pâncreas. “Adoçantes artificiais, como aspartame, ciclamato de sódio, sucralose, não são recomendados. Não por promoverem elevação na insulina, mas sim pelo impacto negativo para a saúde”, sugere.

Ao lado, listamos algumas dessas possibilidades e explicamos mais sobre cada uma delas. No entanto, Mariana finaliza dizendo que a dica principal é sempre procurar experimentar o sabor natural dos alimentos. “O que é doce é doce, mas o que é amargo, salgado ou azedo não deve ser adoçado, necessariamente”.

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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