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Mais de 1,2 mil professores da rede estadual estão na fila pra se aposentar

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É uma espera que parece não ter fim. A professora Rosimary Lopes, 60, poderia estar aposentada há pelo menos um ano e três meses – foi quando deu entrada no pedido junto à Secretaria da Educação do Estado (SEC). Em janeiro, foi a última vez que o processo se moveu – parou na chamada Coordenação de Afastamento Definitivo, mas, de lá para cá, parece inerte.

“Eles justificaram que eu tinha feito um curso online do governo para mudar de classificação e estavam só esperando a validação desse curso. Me perdoe a palavra, mas acho isso uma tremenda sacanagem do governo. Eu já poderia estar aposentada, mas o governo acaba lucrando por não ter que contratar ninguém para o lugar”, desabafa pró Rose, que ensinou Língua Portuguesa por 35 anos na rede estadual em Feira de Santana, no Centro-Norte do estado.

‘Ensinou’ porque, este ano, prevendo que a aposentadoria poderia vir a qualquer momento, pediu para ministrar disciplinas ‘diversificadas’ – como Artes, Meio Ambiente e Ética e Cidadania. “Pedi isso para não causar tanto prejuízo aos alunos, porque, se minha aposentadoria saísse, daqui que o governo colocasse alguém no lugar poderia demorar dois, três meses”.

O processo de Rosimary é um dos 1.227 pedidos de aposentadoria de professores que estão em análise pela SEC. Mas a fila, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB-Sindicato), é muito maior: passaria de seis mil profissionais.

Historicamente, o tempo para um professor conseguir uma aposentadoria na rede estadual podia variar de dois até quatro anos, de acordo com o coordenador-geral da APLB-Sindicato, Rui Oliveira. Este ano, um pleito dos professores foi atendido pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba): uma lei para que o prazo para que a aposentadoria seja concedida seja de até 120 dias desde a entrada do pedido.

Ele critica, inclusive, a contratação através de Reda (concursos temporários). “Reda não garante direitos trabalhistas. É uma indignação”. O último concurso para a SEC foi realizado em fevereiro desde ano e abriu a seleção para mais de três mil vagas, entre professores e coordenadores pedagógicos. No entanto, esses professores ainda não foram convocados.

Em nota enviada ao CORREIO, a Secretaria de Administração do Estado (Saeb) informou que, entre janeiro e maio deste ano, concedeu 3.452 aposentadorias para servidores – desse total, 1.374 foram para professores. Segundo a Saeb, a Superintendência de Previdência (Suprev) analisa e julga um processo de aposentadoria em 20 dias.

Em todo o ano de 2017, foram concedidas 6.807 aposentadorias, sendo 2.895 para professores. O total de aposentadorias, de acordo com a Saeb, leva a uma projeção de R$ 4,05 bilhões de déficit previdenciário para este ano – 20% a mais que no ano passado, quando foi de R$ 3,37 bilhões.

“O aumento de aposentadorias impacta diretamente no déficit da previdência e exige do governo esforço para manter o equilíbrio de suas contas e honrar os seus compromissos. Inclusive, a gestão atual vem empenhando esforços para continuar pagando aos servidores estaduais (ativos e inativos) em dia e dentro do próprio mês”, dizem, na nota.

A SEC informou que montou uma força-tarefa para agilizar os processos de aposentadoria dos professores e profissionais da Educação junto com a Saeb. “Além do esforço para a redução do passivo de pedidos de aposentadoria, o governo estadual também oferece incentivos aos servidores em condição de se aposentar que tenham interesse em se manter em atividade. É o caso da Bolsa de Estímulo à Permanência em Atividade de Classe. Criada em dezembro de 2016, por meio da Lei Estadual 13.595, a bolsa prevê o pagamento de benefícios de R$ 800 a R$ 1.600 para os professores que desejarem permanecer em sala de aula mesmo após atingirem os pré-requisitos para aposentadoria”, dizem, em nota.

Desgaste em sala
A professora Rosimary, na verdade, poderia ter se aposentado bem antes – completou 50 anos e 25 anos de rede na mesma ocasião. No entanto, naquela época, trabalhava em regime de 20 horas semanais, por questões familiares. Decidiu pedir a mudança de regime para 40h, mas essa mudança demorou para vir.

Só veio mais de quatro anos depois, quando ela já estava prestes a desistir e pedir a aposentadoria assim mesmo. “Quando foi publicado, tive que ficar cinco anos ininterruptos trabalhando para enquadrar essas 20 horas. Só depois é que pude pedir de fato”, explica.

Ela diz que não se sente desgastada pela idade – pelo contrário. O cansaço é mesmo devido à quantidade de anos trabalhando e pelo que encontra em sala, que nem sempre são alunos comprometidos e dispostos a estudar. Sem ajuda nem mesmo dos pais dos estudantes para mudar alguns comportamentos dos alunos, ela se viu desestimulada.

Foram incontáveis situações de agressão verbal. Ela diz que, no fim, essas coisas acabam com a resistência do professor. Praticamente se acostumou a escutar palavrões e ‘linguagem chula’, mas as agressões eram o pior. “Aí, vai juntando tudo isso aos anos de serviço, ao descaso com a educação… Na mídia, é tudo lindo, mas vai para a sala de aula enfrentar 35, 40 alunos com idade distorcida. Eles te desafiam não no sentido de perguntar sobre o assunto, mas desafio da falta de respeito, xingamento, de querer impor lei na sala”.

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Baianos estão desaparecidos depois das fortes chuvas no Rio Grande do Sul

Casal estava no município de Estrela-RS e não faz contato com a família desde o último dia 30.

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Foto: Arquivo Pessoal

O casal de baianos, Juliene Ferreiras Lopes, 19 anos, e Lucas Ferreira Borges, 22 anos, está desaparecido, desde o último dia 30, no município de Estrela, Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. A região é uma das afetadas pelos temporais que atingem o estado e já deixaram 39 mortos, 68 desaparecidos e 74 feridos.

Juliene e Lucas mudaram para o Rio Grande do Sul, há cerca de seis meses, para trabalhar. A família estava mantendo contato com os dois desde que os temporais começaram.

Na terça-feira (30), eles perderam contato com o casal. A última informação que tiveram foi a de que Juliene e Lucas estavam num abrigo por conta das chuvas.

A irmã de Juliene, Carol Lopes, disse que falava com ela ao telefone quando Juliene avisou que precisaria desligar a chamada porque o abrigo estava sendo alagado. Desde então, a família não teve mais notícias do casal.

A família disse ainda que já tentou contato com o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, mas não obteve retorno.

O g1 Bahia entrou em contato com a Polícia Civil de Porto Alegre, que disse não ter ainda o nome das pessoas desaparecidas pela dificuldade de acesso e de contato com as áreas isoladas pela chuva.

CONTEÚDO g1

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Sobe para 59 número de mortes por dengue na Bahia

Dados foram atualizados pela Secretaria de Saúde do Estado no dia 3 de maio.

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Foto: Raul Santana/Fiocruz/Divulgação

Com a confirmação de mais mortes, nesta sexta-feira (3), sobe para 59 o número de vítimas da dengue na Bahia. O estado tem 256 dos 417 municípios em epidemia da doença.

Os últimos três óbitos foram registrados em Encruzilhada, Jacaraci e Vitória da Conquista, cidades localizadas no sudoeste do estado.

A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) indicou um aumento de 702,9% nos casos da doença em 2024. Até o dia 20 de abril, 153.404 casos prováveis foram notificados no estado. No mesmo período de 2023, o registro foi de 19.106 casos.

Vitória da Conquista segue liderando o número de casos, com 27.787, seguida por Salvador, com 7.208, e Feira de Santana, com 6.891 casos prováveis da doença.

A Bahia possui taxa de letalidade de 2,9%, menor do que a média nacional.

Veja abaixo a lista de cidades onde ocorreram mortes por conta da dengue:

  • Vitória da Conquista (13)
  • Jacaraci (5)
  • Feira de Santana (4)
  • Juazeiro (4)
  • Piripá (3)
  • Caetité (2)
  • Santo Antônio de Jesus (2)
  • Barra do Choça (2)
  • Coaraci (2)
  • Caetanos (1)
  • Campo Formoso (1)
  • Carinhanha (1)
  • Encruzilhada (3)
  • Guanambi (1)
  • Ibiassucê (1)
  • Irecê (1)
  • Macaúbas (1)
  • Palmas de Monte Alto (2)
  • Santo Estevão (1)
  • Seabra (1)
  • Várzea Nova (1)
  • Bom Jesus da Lapa (1)
  • Caculé (1)
  • Ipiaú (1)
  • Luís Eduardo Magalhães (1)
  • Caraíbas (1)
  • Maraú (1)
  • Tanque Novo (1)

Chikungunya e zika

Além da dengue, o mosquito aedes aegypti também transmite outras duas arboviroses: zika e chikungunya.

Neste ano, foram registrados dois óbitos por chikungunya nos municípios de Teixeira de Freitas e Ipiaú. Nenhum óbito por zika foi confirmado.

Conteúdo G1

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Tribunal Regional Eleitoral faz mutirão para regularização na Bahia

A iniciativa contemplará os Cartórios Eleitorais de Salvador e do interior do estado.

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Foto: Divulgação

A Bahia possui 1,6 milhão de eleitores com títulos cancelados (excluindo óbitos), segundo informações divulgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).

Diante da situação, o TRE-BA anunciou plantões para regularização no sábado (4) e domingo (5), das 8h às 14h, nas 19 zonas eleitorais de Salvador e em todas do interior do estado.

A iniciativa contemplará os Cartórios Eleitorais de Salvador e do interior do estado. As unidades do TRE-BA nos SACs não participarão do plantão.

Para ser atendido nos postos de atendimento da Justiça Eleitoral é importante apresentar um documento oficial com foto e comprovante de residência atualizado, emitido há no máximo três meses.

No processo de alistamento eleitoral (primeiro título de eleitor), é importante destacar que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o passaporte não poderão ser usados isoladamente, devendo ser apresentada documentação complementar. O certificado de quitação militar também é pedido para homens que completam 19 anos no ano que fazem o documento.

Antes de comparecer ao cartório ou a um posto de atendimento da Justiça Eleitoral, a pessoa deve consultar sua situação cadastral nos seguintes canais:

Site do TRE-BA;
Central Telefônica (71) 3373-7000;
WhatsApp (71) 3373-7000

O título de eleitor é cancelado quando o cidadão para quem o voto é obrigatório, com idade entre 18 e 70 anos, deixa de votar por três eleições consecutivas e não justifica as ausências. Cada turno de votação é considerado uma eleição. O título também é cancelado quando o eleitor não comparece à revisão do eleitorado, promovida pela Justiça Eleitoral, em seu município.

Veja abaixo as cidades que mais registraram títulos eleitorais cancelados:

Salvador: 235.933;
Feira de Santana: 40.559;
Vitória da Conquista: 30.131;
Itabuna: 25.967;
Ilhéus: 22.922;
Jequié: 17.170;
Juazeiro: 13.194;
Camaçari: 13.194;
Lauro de Freitas: 12.803;
Alagoinhas: 11.173.

Bahia Notícias

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