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BAHIA

Três em cada quatro sítios arqueológicos da Bahia estão degradados

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O carpinteiro Manoel Fernando da Silva, 38 anos, morou a vida inteira em Campo Formoso, no Centro-Norte do estado. Desde criança, sabia reconhecer o que era uma pintura rupestre – tão presente em cavernas e rochas da cidade. Campo Formoso é um dos municípios baianos que mais têm sítios arqueológicos – só cadastrados no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), são 26.

O problema é que boa parte desses sítios está degradado. No povoado de Queixo Dantas, onde ele vive, basta andar cerca de um quilômetro para encontrar as pinturas. Só que muitas delas reúnem, hoje, pichações e riscos em tinta preta – todos feitos não pelos antepassados, mas por gente do presente mesmo.

“Tinha um pessoal da localidade que andava fazendo isso. Saía da comunidade, ia para os locais, ficava brincando. Essa juventude que queria inventar coisa, sem saber a gravidade que tinha (danificar os sítios arqueológicos”, explica.

Foi só há quatro anos, porém, que as coisas começaram a mudar, em Campo Formoso. Um grupo de pesquisadores do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia (LAP) da Universidade do Estado da Bahia (Uneb – campus Senhor do Bonfim), liderados pela professora Cristiana Santana, começou a estudar os sítios, além de promover um trabalho de educação patrimonial no povoado.

Hoje, quem tenta pichar ou escrever nas pinturas rupestres leva uma repreensão dos outros moradores. No início do ano, ele e alguns vizinhos chegaram a cercar o local, para proteger o acesso às pinturas. “Hoje, eu tomei conhecimento e já ando com essa curiosidade com as coisas. O que eu vejo fico olhando e querendo entender. Se encontro algo, ando com cuidado e deixo no local para não prejudicar”.

Mesmo assim, atitudes como essa são raras. A Bahia tem, hoje, 1.350 sítios registrados no Iphan – o número real pode ser muito maior, segundo a professora Cristiana Santana, pós-doutora em Arqueologia e coordenadora do LAP.

A Bahia é o nono estado com o maior número de sítios cadastrados – no Nordeste, só fica atrás do Piauí, que tem uma tradição nos estudos arqueológicos. Por aqui, o maior número de sítios foi encontrado na cidade de Jaguaripe, no Recôncavo – 129, de acordo com o Iphan, embora sejam materiais de cerâmica. Logo em seguida, vêm Gentio do Ouro (com 90, já referentes a sítios de pinturas rupestres), Central (com 54), Morro do Chapéu (com 52) e Jacobina (51), todas no Centro-Norte do estado.

Por aqui, tem tanta história que a própria história se cruza – há quem defenda que, em Morro do Chapéu, em uma vila chamada Ventura, há registro de que os incas estiveram na Bahia. Essa teoria é do espeleólogo Aloisio Cardoso, que identificou o registro em um painel de incisões em rocha (veja abaixo).

Desgaste
No entanto, de uma forma geral, o estado desses sítios é preocupante. A professora Cristiana estima que, entre as centenas pesquisadas pelo LAP, pelo menos 75% tenham sido afetados por algum tipo de desgaste. Usando os próprios critérios de classificação das fichas do Iphan, é possível dizer que 25% estão muito degradados, 25% estão bem conservados e 50% têm algum grau de desgaste.

É difícil encontrar algum que esteja 100% preservado – esses casos acontecem, normalmente, quando os sítios estão localizados longe de comunidades ou em locais de difícil acesso, a exemplo de alto de serras.

No caso do desmatamento, é comum encontrar pessoas que querem criar áreas de pasto e, para isso, tocam fogo em tudo. Sem a vegetação, alguns sítios perdem a proteção da incidência da luz solar e passam a tomar sol o tempo inteiro. Com dias quentes e noites frias – o que é comum no interior do estado – as rochas podem começar a descamar. Muitos sítios sofrem por ações de mineradoras.

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BAHIA

Força Total reforça policiamento na Bahia nesta terça-feira (30)

Ação utiliza toda a frota e os recursos disponíveis da corporação.

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Crédito: Divulgação

As equipes da Polícia Militar atuam nas ruas com o emprego máximo do efetivo desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (30), nos 417 municípios baianos, durante a 24ª edição da Operação Força Total.

A intensificação das ações contra a criminalidade, com a realização de abordagens preventivas, tem o objetivo de ampliar o policiamento no estado, apreender drogas e armas de fogo, além do cumprimento de mandados de prisão expedidos pela justiça.

O reforço, inclusive com o emprego do efetivo administrativo nas ruas, utiliza toda a frota e os recursos disponíveis da corporação, a exemplo de viaturas, motocicletas, bases móveis, aeronaves e drones.

Nas últimas 23 edições da Força Total, a operação realizou apreensão de um total de 505 armas de fogo, 805 prisões em flagrante e cumprimento de 310 mandados de prisão em todo o estado.

Conteúdo Correio

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Trabalhadores da rede estadual de educação paralisam atividades por 48 horas na Bahia

Categoria rejeitou proposta de 5,69% de reajuste nos salários, com pagamentos fracionados, feita pela Secretaria de Educação.

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Foto: Reprodução/TV Bahia

Os trabalhadores da rede estadual de educação paralisaram as atividades nesta segunda-feira (29), por 48 horas, após rejeitarem a proposta de 5,69% de reajuste nos salários, com pagamentos fracionados, feita pela Secretaria de Educação da Bahia (SEC).

A decisão foi tomada pela categoria na quinta-feira (25), durante uma assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). Com isso, as escolas da rede estadual da Bahia não terão aulas nesta segunda e na terça (30).

A categoria pede 10% de reajuste, seguindo o percentual unificado pela Federação da Entidades Sindicais dos Servidores Públicos. Segundo a APLB, a proposta do governo foi rejeitada por 90% dos funcionários que votaram.

Além do reajuste, a categoria pede:

  • a restruturação de planos de carreiras;
  • pagamento imediato da 3ª parcela dos precatórios Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef), que seria encaminhado para a votação na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) em abril deste ano, com previsão de pagamento para o mesmo mês, o que não aconteceu.

Em nota, a Secretaria de Educação da Bahia informou que está aberta para negociar com o sindicato e que as escolas estão abertas durante o período da paralisação.

Conteúdo G1

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Acidente grave em Pedra do Cavalo provoca interdição em trecho da BR-101

Até a divulgação dessa notícia não havia informações sobre vítimas.

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Um acidente grave envolvendo uma carreta-baú foi registrado na noite desta sexta-feira, 26, no trecho da BR-101 na região de Pedra do Cavalo.

Uma carreta envolvida na batida ficou atravessada na pista e acabou provocando interdição nos dois sentidos da rodovia. Até a divulgação dessa notícia não havia informações sobre vítimas.

FORTE NA NOTÍCIA

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