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CRUZ DAS ALMAS

Covid-19, carnaval e as ‘viroses’: como a folia de 2022 pode ser a receita para o caos

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Ziriguidum, lepo lepo, xenhenhem, metralhadora, abaixa que é tiro. Poderia ser uma lista de músicas coroadas como ‘a do Carnaval’ de seus respectivos anos, mas na verdade é uma lista de homônimas indesejadas: as ‘viroses’ momescas, que nunca hesitaram em bater ponto depois da folia. Se voltarmos mais ao passado, os nomes eram ainda mais sugestivos: espirration, em alusão à Rebolation (2010) e gripetonita (2011), na referência à Liga da Justiça (2011) são alguns dos exemplos mais óbvios.

Seja para quem ficava atrás dos trios ou mesmo para quem passava longe dos circuitos, essa era uma possibilidade real: depois dos dias de festa, cair de cama. Sintomas respiratórios, gastrointestinais e, às vezes, até conjuntivites. Em geral, eram brandos. Em poucos dias, a pessoa ficava curada – e, assim, ninguém nunca teve medo de morrer por conta da virose de Carnaval. O problema é que o mesmo não pode ser dito do Sars-cov-2, o vírus da covid-19.

Nos últimos dias, a discussão sobre a folia vinha crescendo. De um lado, o setor de eventos, que pressiona por uma resposta para conseguir organizar os detalhes da festa a tempo. Do outro, a pandemia ainda sem controle total – e o surgimento de uma nova variante mais contagiosa identificada esta semana na África do Sul. Mesmo com a vacinação avançada e a redução do número de casos, o recrudescimento da covid-19 em países da Europa como Áustria e Alemanha, com índices de imunização relevantes, tem servido para reforçar que o cenário ainda é instável e imprevisível.

Daí vem o Carnaval, com seus números totalmente impressionantes: em 2020, último ano em que foi realizado, a prefeitura de Salvador divulgou que 16,5 milhões de pessoas circularam pela cidade, considerando o período pré-momesco, com o Fuzuê e o Furdunço. Só no Carnaval dos bairros, o público foi de mais de 1,1 milhão. Os turistas foram mais de 850 mil, entre brasileiros e estrangeiros.

Só que não era só gente circulando: com as pessoas, também vieram vírus como Influenza A e B (gripe), rinovírus (resfriado), parainfluenza (respiratório), enterovírus (gastrointestinal), norovírus (que causa diarreia), o vírus da mononucleose (conhecida como a ‘doença do beijo’) e por aí vai. Agora, siga para 2022 e imagine a covid-19 nesse recipiente totalmente favorável à propagação de doenças.

“A gente está falando numa das maiores festas de rua e sabe que é impossível programar um Carnaval sem aglomeração. Além disso, propicia a chegada de muitas pessoas de várias partes do Brasil e do mundo. A gente não pode afirmar nada, mas é uma previsão dentro do cenário que já conhecemos antes da covid. A gente já tem esse registro de que, após o Carnaval, há incidência dessas viroses”, diz a virologista Andréa Mendonça, professora da Medicina da UniFTC e de Biotecnologia na Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Emergências lotadas

O resultado sempre foi de que, anualmente, as emergências hospitalares de Salvador, assim como as unidades básicas de atendimento, sentiam a pressão com o aumento da demanda pós-Carnaval. Como não são doenças de notificação compulsória, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) não tem estatísticas oficiais, mas a experiência dos profissionais de saúde era de emergências lotadas.

“Esse aglomerado de pessoas próximas termina favorecendo a disseminação de doenças, principalmente as virais”, diz a infectologista Ana Paula Amorim, médica do Hospital Português.

Além disso, a própria duração da folia contribui para que esse tipo de vírus seja ainda mais comum.

“As pessoas vão para o Carnaval por muitos dias. Dormem, perdem a noite. Isso também termina deixando uma fragilidade no sistema imunológico”, acrescenta.

Esse aumento já é independente da covid-19. No entanto, os quadros leves são justamente porque são vírus que circulam há anos entre os humanos, como explica a virologista Andréa Mendonça. Assim, mesmo que os vírus sofram mutações, o corpo de cada um já têm alguma resposta imune na memória contra esses agentes porque as pessoas já foram expostas em outros momentos da vida.

“Já em relação ao Sars-cov-2, a gente sabe que é uma caixinha de surpresa. A gente não sabe quem vai evoluir com gravidade e quem vai morrer. Tivemos exemplos de pessoas com toda a assistência médica possível, em várias faixas etárias, e que foram a óbito. O Sars-cov-2 se comporta de maneira diferente do que a gente espera”, alerta.

O receio com um eventual Carnaval não está restrito aos pesquisadores e profissionais de saúde brasileiros. A diretora-geral assistente da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Acesso a Medicamentos, Mariângela Simão, disse na última segunda-feira (22) que a entidade vê com preocupação essa mobilização em torno do Carnaval no Brasil.

“Me preocupa bastante quando vejo no Brasil que tem discussão sobre a abertura do carnaval. Isso é realmente uma condição extremamente propícia para aumento da transmissão comunitária. Precisamos planejar as ações para 2022”, afirmou, na ocasião.

Esta semana, uma carta da direção da Fiocruz Bahia foi divulgada com o percentual de que 90% da população deveria estar vacinada para uma festa segura. No entanto, a fundação não respondeu aos questionamentos da reportagem quanto à forma como o número foi calculado, nem os aspectos levados em conta. Leia mais AQUI.

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Cruz das Almas: após quase 2 meses paralisada, obra de requalificação do Espaço do São João é retomada

O local será completamente transformado.

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Após quase 2 meses paralisada, a obra de requalificação do Espaço do São João de Cruz das Almas foi retomada neste sábado, 27.

Em entrevista ao Forte na Notícia, o prefeito Ednaldo Ribeiro afirmou que a empresa responsável pela obra vai trabalhar intensamente para entregar o espaço a tempo para a festa. “A empresa disse que vai triplicar o número de funcionários e estender o horário de trabalho. Eu tenho certeza que a gente vai conseguir entregar essa obra no período do São João”, disse.

O local será completamente transformado, recebendo melhorias significativas, acessibilidade, piso intertravado, estrutura de pergolado de madeira, arborização, bancos, estacionamento, parque infantil, área pet, área de convivência, paisagismo, entre outros, tornando-se um ponto de lazer permanente para a população.

FORTE NA NOTÍCIA

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Cruz das Almas: mulher fica ferida após acidente com moto na Av. Getúlio Vargas

A mulher foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atedneimtno (UPA).

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Uma mulher, que não teve a identidade divulgada, ficou ferida após acidente com moto na manhã deste sábado, 27, na Avenida Getúlio Vargas, em Cruz das Almas.

De acordo com testemunhas, a motociclista acabou perdendo o controle da direção após a corrente da motocicleta soltar.

A mulher foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde permanece em observação médica.

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Prefeitura de Cruz das Almas vai substituir toda a iluminação da cidade por luminárias de LED

O investimento total, que será amortizado ao longo de cinco anos, será de pouco mais de 23 milhões.

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Foto: divulgação

A Prefeitura de Cruz das Almas, por meio da Secretaria de Serviços Públicos, anunciou esta semana que dará um banho de luz em toda a cidade, abrangendo as áreas urbanas e rurais. O projeto inclui a substituição de toda a iluminação comum por luminárias de LED.

“A nossa cidade já merecia esse cuidado há muito tempo. Estamos trazendo mais modernidade para Cruz das Almas, que agora terá suas ruas, avenidas e comunidades rurais muito bem iluminadas. Estou muito feliz em executar mais esse compromisso do nosso plano de governo”, comemorou o prefeito Ednaldo, destacando ainda que o projeto contribuirá para a redução dos custos com o consumo de energia pública em cerca de 60%.

Segundo o prefeito, após a ordem de serviço, todo o trabalho de substituição das lâmpadas antigas por luminárias de LED e a instalação de novos pontos de iluminação pública deverá ser concluído em no máximo 90 dias.

O investimento total, que será amortizado ao longo de cinco anos, será de pouco mais de 23 milhões. Durante este período, a empresa responsável pelo serviço também se encarregará de toda a manutenção dos equipamentos, assegurando seu pleno funcionamento.

Atualmente, o município gasta, em média, 160 mil reais mensais com manutenção e pouco mais de 220 mil reais com a taxa de iluminação pública. Com o projeto, o município passará a pagar 300 mil reais mensais à empresa responsável pela implantação do projeto e reduzirá a conta de energia em mais de 60%. Após os cinco anos, toda a cidade continuará iluminada com luminárias de LED e pagará uma taxa de iluminação pública 60% mais barata. “Isso é planejamento, é trabalhar pensando no futuro, é trabalhar com responsabilidade e visando economia para os cofres públicos”, concluiu o prefeito Ednaldo.

ASCOM

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