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Brasil tem mais de 8.200 profissionais da saúde afastados em meio à pandemia

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Ao menos 8.265 profissionais de saúde em todo o país estão afastados de suas funções em meio à pandemia do novo coronavírus. Esses funcionários precisaram deixar o trabalho porque apresentaram sintomas da doença ou porque fazem parte de algum grupo de risco.

O levantamento foi feito pela reportagem com consultas a secretarias estaduais e municipais de saúde (no caso das capitais), conselhos de medicina e enfermagem e fundações hospitalares. Os dados foram tabulados até a tarde desta quinta-feira (16).

O Brasil tem 490.859 médicos em atividade, segundo o Conselho Federal de Medicina; não existem dados, no entanto, sobre o total de profissionais da área da saúde, contando enfermeiros, técnicos, maqueiros e outros, no país.

O número de profissionais afastados é ainda maior, já que não foi possível obter registros de alguns estados, como São Paulo, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás. Já o Ministério da Saúde respondeu que esses dados ainda não foram contabilizados nas unidades federais.

Profissionais da saúde apontam, desde o início da disseminação do vírus no país, que a insuficiência de mão-de-obra será um dos principais problemas no atendimento aos doentes. A dificuldade se agrava na medida em que os próprios médicos e enfermeiros acabam infectados e são obrigados a deixar seus postos de trabalho.

Como não há EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) em número suficiente, funcionários estão mais expostos ao risco de contaminação. O problema já foi levado à Justiça por sindicatos e defensorias, que tentam obter os insumos junto aos estados, municípios e União.

Na capital paulista, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a rede municipal de saúde soma 80.880 funcionários. Até esta quarta-feira (16), 3.865, ou 4,8% do total, estão afastados, sendo 532 com diagnóstico de Covid-19 e 3.333 com síndrome respiratória aguda grave; 11 profissionais morreram.

A secretaria estadual de saúde de São Paulo não informou o total de profissionais da área que estão afastados.

Na rede municipal do Rio, 768 profissionais estão afastados com sintomas respiratórios ou por fazer parte de grupo de risco. Eles representam 6,3% de toda a força de trabalho na rede, que soma 12.154 funcionários.

Na rede estadual, 493 deixaram o trabalho, com sintomas e/ou confirmação da infecção pelo coronavírus. O número corresponde a 2,5% dos profissionais que atuam nas emergências e UPAs estaduais.

O Ministério da Saúde não informou à reportagem a quantidade de profissionais afastados nos hospitais federais do Rio.

Uma enfermeira do Hospital Federal Cardoso Fontes, Chris Gerardo, afirma que mais de 20 funcionários da emergência, contando com ela, tiveram teste positivo para o vírus. Com sintomas como febre, coriza e tosse, Chris recebeu o resultado positivo na segunda-feira (13). Ela estava afastada desde o dia 7.

A enfermeira afirma que, no início da disseminação da doença, a Comissão de Infecção Hospitalar da unidade desestimulou o uso permanente das máscaras cirúrgicas. “Disseram que a gente estava causando pânico, desperdiçando material.”

Ela lembra que a limitação de espaço físico na emergência dificulta a manutenção da distância necessária para reduzir o risco de infecção. “Não tem condição de cumprir medida de segurança de espaço. Uma maca de 70 cm fica parada em um corredor de 2 m. Já passo encostando na maca”, diz.

Em nota, a direção do hospital afirma que adotou todos os protocolos do Ministério da Saúde e da OMS para o atendimento dos casos de coronavírus na unidade. Segundo a direção, os funcionários trabalham com todos os equipamentos de proteção necessários.

No Distrito Federal, cerca de 700 profissionais estão afastados por terem tido contato com infectados ou por apresentar sintomas de gripe. A secretaria de Saúde informou que ainda fará a testagem para o coronavírus nestes funcionários.

Depois de São Paulo, Rio e Distrito Federal, os estados que reúnem o maior número de profissionais afastados são Mato Grosso, Acre, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Santa Catarina e Bahia.

No Mato Grosso, a secretaria de estado de saúde contabilizou 600 afastamentos, incluindo profissionais com sintomas do vírus e aqueles que fazem parte de grupos de risco. Até a última semana, 13 tiveram testes positivos para o coronavírus.

No Acre, 423 funcionários deixaram o trabalho por orientação da Secretaria de Estado de Saúde. Vinte tiveram testes positivos e o restante foi afastado por apresentar comorbidades. O número representa 7,3% do total de profissionais da saúde no estado, o que levou o governo a recorrer a 63 contratações emergenciais.

O número de profissionais da saúde contaminados em Pernambuco chama a atenção. São 425 os funcionários que tiveram testes positivos, da rede pública e privada, o que corresponde a 33% de todos os casos no estado.

O governo afirma que o número é maior do que nos outros estados porque Pernambuco foi a primeira unidade da federação a obrigar a testagem de todos os profissionais de saúde que apresentem sintomas da doença. Em outras regiões, médicos e enfermeiros alertam que têm encontrado dificuldades para serem testados para o vírus.

Já em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, 164 funcionários estão afastados enquanto aguardam o resultado do teste. Outros 21 foram comprovadamente contaminados.

Na Fundação Hospital do Estado de Minas Gerais, 122 deixaram suas posições. Desses, 16 tiveram teste positivo.

No Ceará, 137 profissionais deixaram suas funções temporariamente. Desses, 28 tiveram teste positivo para o vírus. Na rede estadual e municipal de Santa Catarina, 137 também foram afastados com sintomas e/ou confirmação da doença.

Já na Bahia, nas redes estadual, municipal e privada, 77 funcionários foram infectados. Em Ipiaú, cidade de 45 mil habitantes do sul do estado, foram registrados 12 casos do novo coronavírus. Destes, 11 são de funcionários do Hospital Geral gerido pelo governo da Bahia. Foram contaminados médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e maqueiros.

O primeiro caso foi identificado no dia 27 de março. Desde então, outros funcionários passaram a sentir sintomas como tosse, febre e perda de olfato e paladar. Dos 11 profissionais que registraram o vírus, 10 tiveram sintomas leves e cumprem quarentena em casa. Apenas um registrou o quadro mais grave e precisou ser internado.

Após uma investigação epidemiológica, o hospital descobriu que o vírus foi transmitido por uma paciente assintomática que chegou à unidade de saúde com suspeita de infarto. Profissionais que tiveram contato com essa paciente acabaram sendo infectados.

O diretor do hospital Alexandro Miranda afirma que o afastamento dos funcionários acabou alterando a rotina do hospital, que teve que adotar um plano de contingência: “O impacto foi considerável. Todo profissional do nosso quadro é importante”, afirma.

O hospital adotou medidas como a sanitização da área interna e externa em dias alternados. Funcionários que estão em serviço têm a temperatura medida todos dias. Também são realizados hemogramas para identificar indícios de infecções.

Mesmo com a quarentena e medidas preventivas, funcionários do hospital afirmaram à reportagem que têm sido estigmatizados e até criticados por parte da população por causa da concentração de casos entre profissionais da saúde.

O número de casos de coronavírus em Ipiaú, contudo, pode ser maior, já que profissionais de saúde e pacientes com sintomas graves têm prioridade nos testes.

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Van atropela 15 ciclistas em Paraopeba (MG); dois estão em estado grave

Vítimas graves foram encaminhadas para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.

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Foto: Divulgação/PRF

Um grupo de 15 ciclistas foi atropelado por uma van no km 429 da BR-040, em Paraopeba, na Região Central de Minas Gerais, na manhã desta terça-feira (30). Sete deles ficaram feridos, dois em estado grave.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu no sentido Brasília (DF) e o motorista alegou que foi fechado por um caminhão. Ele fez o teste do bafômetro, que deu negativo.

Helicópteros da PRF e do Corpo de Bombeiros socorreram as vítimas graves, que foram levadas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Os demais feridos foram atendidos por ambulâncias do município, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Via 040, concessionária que administra a rodovia.

Às 11h10, a PRF informou que a BR estava totalmente liberada.

Por nota, a empresa que administra a van, Barth Transportes Express, lamentou o ocorrido e afirmou que prestou assistência e suporte às vítimas.

“Esclarecemos que em todas as atividades realizadas pela empresa são atendidas as regulamentações e normas de segurança de trânsito. Reiteramos nosso compromisso com a assistência aos envolvidos”, disse o comunicado.

Conteúdo G1

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Lula é multado em R$ 250 mil pelo TSE por impulsionar vídeo contra Bolsonaro

O vídeo postado pela coligação de Lula chamava Bolsonaro de “incompetente”, “mentiroso” e “desumano”.

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Foto: Agência Brasil

O presidente Lula (PT) foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a pagar uma multa de R$ 250 mil por impulsionar propaganda eleitoral negativa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022.

A Coligação Brasil da Esperança, formada por dez siglas que apoiavam a candidatura de Lula, também foi condenada. A ação foi ajuizada por Bolsonaro e pela Coligação Pelo Bem do Brasil, com PL, Republicanos e PP.

O vídeo postado pela coligação de Lula chamava Bolsonaro de “incompetente”, “mentiroso” e “desumano”. Segundo o TSE, o impulsionamento de propaganda eleitoral negativa na internet é vedado.

A decisão foi proferida por unanimidade na sexta-feira (26). Todos os ministros acompanharam o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia.

Ela ressaltou que a publicação não promovia o petista. “Diferente disso, o vídeo publicado no YouTube, por meio de impulsionamento, veicula conteúdo negativo, divulgando mensagem que, independente de sua veracidade ou não, certamente não é benéfica ao candidato à reeleição”.

O UOL tenta contato com a assessoria de comunicação do presidente.

Fonte Folhapress / Via Bahia Notícias

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PRF inicia campanha Maio Amarelo nesta terça-feira (30)

O Movimento Maio Amarelo surgiu em 2011, a partir da decretação da Década de Ação para a Segurança no Trânsito, pela ONU

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) promoverá na manhã desta terça-feira (30), às 8h, o evento de lançamento da campanha nacional Maio Amarelo 2024. O comando educativo, que marca oficialmente o início das atividades deste ano, ocorrerá na Unidade Operacional 01 de Teresina, localizada na saída para Altos.

Com o tema “Paz no trânsito começa por você”, a campanha tem como objetivo chamar a atenção da sociedade no que tange os altos índices de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.

O Movimento Maio Amarelo surgiu em 2011, a partir da decretação da Década de Ação para a Segurança no Trânsito, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Desde então, o mês de maio se tornou calendário de referência para a intensificação de ações em diversos países, visando a redução da violência no trânsito.

Os acidentes e mortes no trânsito ainda são uma realidade alarmante no Piauí. Anualmente, ocorrem cerca de 150 mortes (média de 5 anos) apenas nas rodovias federais do Estado. Além disso, muitas pessoas sofrem lesões graves ou permanentes em acidentes de trânsito, o que impacta não apenas a vida delas, mas também de suas famílias e da sociedade como um todo, principalmente no âmbito hospitalar.

No Piauí, em 2023, foram registrados 1301 acidentes, resultando em 1431 pessoas feridas e 151 mortas. Grande parte dos acidentes foram causados por escolhas erradas por parte dos motoristas, como por exemplo: ultrapassagens indevidas, velocidade incompatível e ingestão de álcool.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está comprometida em combater as condutas irresponsáveis que causam perdas de vidas no trânsito. Desta forma, a PRF intensificará suas ações para garantir estradas mais seguras e reduzir o número de acidentes fatais.

Durante o Maio Amarelo, serão ampliados ainda mais os esforços de combate, através de operações integradas, fiscalizações rigorosas e campanhas educativas, de forma a alcançar um público mais amplo, conscientizar motoristas e pedestres sobre a importância de escolhas seguras no trânsito.

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