conecte-se conosco




SAÚDE

Hepatites virais são responsáveis por 1,4 milhões de mortes no mundo ao ano

Publicado

em

“Julho Amarelo” é o nome dado ao mês escolhido para intensificar a Campanha Mundial de Prevenção e Controle de Hepatites Virais, doenças que afetam o fígado, atingem aproximadamente 700 milhões de pessoas e são responsáveis por 1,4 milhões de mortes no mundo ao ano.

Existem diversos tipos de hepatites, porém as mais comuns são as do tipo A, B e C. A hepatite do tipo A é a forma mais comum da doença adquirida, geralmente, pela ingestão de água e alimentos contaminados com coliformes fecais. “Os sintomas da hepatite A se assemelham a uma virose. O tratamento é bastante simples e consiste na ingestão de líquido, uma dieta equilibrada e repouso”, diz o Coordenador Geral do Curso de Medicina da FTC, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Hepatologia e Doutor em Medicina pela Universidade de Barcelona, André Nazar.

Segundo Nazar, implantação de redes de água e esgoto adequadas, alimentação cozida, lavagem das mãos antes das refeições e sempre que for ao banheiro são medidas básicas de higiene que contribuem para a prevenção da doença.
Já a hepatite do tipo B pode levar à forma crônica da doença e tem sua forma de contágio através da relação sexual sem proteção ou contato com sangue de pessoas contaminadas, além da transmissão de mãe para filho durante o parto. “A vacina contra a hepatite B faz parte do programa nacional imunizações e toda população tem acesso porque é dada, gratuitamente, nos postos de saúde. O ideal é que a criança seja vacinada nas primeiras doze horas após o nascimento e a imunização é válida por toda vida”, destaca o médico.

Apesar da facilidade de acesso à vacinação, Nazar destaca que ao ser infectado o paciente precisará de acompanhamento médico mesmo após o controle da proliferação do vírus no corpo. “O tratamento, da forma crônica da doença tem resposta favorável, na maior parte dos casos, mas o paciente necessitará utilizar medicação para o resto da vida, assim como ser acompanhado por um hepatologista para sempre”, afirma ele.

Considerado mais novo, em termos de conhecimento científico que os tipos A e B, o vírus da hepatite tipo C foi descoberto em 1989 e é um dos mais prevalentes na atualidade, apesar do tratamento, pois seus sintomas só se manifestam nos casos em que já está em fase avançada. A transmissão está relacionada ao contato direto com sangue. “A utilização de alicates de unhas não esterilizados ou esterilizados de maneira incorreta, agulhas utilizadas para fazer tatuagens e a manipulação de objetos perfuro cortantes são alguns dos meios mais comuns de contágio”, relata o professor Nazar.

O tratamento para o vírus tipo C é realizado com drogas potentes e duram em média três meses, com uma resposta ao tratamento considerada muito boa pelos especialistas. “Há cinco anos surgiu um arsenal de drogas que revolucionou o mercado proporcionando êxito no tratamento com chance de resposta virológica de 98%. Apesar do preço elevado, os medicamentos são disponibilizados gratuitamente pelo Ministério da Saúde para os pacientes em tratamento. A expectativa é que tenhamos uma queda abrupta na quantidade de indivíduos infectados, em poucos anos, graças aos avanços terapêuticos”, destaca André Nazar.

Compartilhe
CONTINUE LENDO

SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Compartilhe

Publicado

em

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

Compartilhe
CONTINUE LENDO

SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

Compartilhe

Publicado

em

O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

Compartilhe
CONTINUE LENDO

SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

Compartilhe

Publicado

em

Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

Compartilhe
CONTINUE LENDO

Mais Lidas