O fotógrafo Sidnei de Souza Santos, conhecido como “Nick”, de 25 anos, viralizou nas redes sociais, após gravar um vídeo em que “surfa” em um alagamento registrado na região do Largo do Papagaio, no bairro do Bonfim, em Salvador.

O vídeo gravado na terça-feira (8) foi visto por mais de 182 mil pessoas em menos de 24 horas de publicação. No vídeo publicado na terça, ele escreveu a frase: “Brasileiro já nasce com pós-doutorado em apocalipse” e terminou com o meme: “Isso não é um prefeito, é um pai”.

“A galera está levando à frente esse meme do prefeito e entendendo isso como uma crítica política, mas na verdade eu só postei isso como meme. Também tem muita gente falando sobre as doenças, que vêm de esgoto, quando chove e o alagamento de Salvador”, contou o baiano ao g1.

Sidnei Santos nasceu em Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano, e mora no bairro da Federação, na capital baiana há seis anos. Ele contou que gravou, no ano passado, um vídeo parecido na rua que fica atrás do Hospital da Mulher, no Largo de Roma.

Por causa da repercussão causada no vídeo anterior, decidiu gravar um novo conteúdo, com o objetivo de se divertir com os amigos.

“Ano passado estava chovendo muito, tinha rato e peixe mortos na água, uma coisa bizarra, e esse vídeo viralizou por motivos parecidos. Quando começaram essas chuvas e alagamentos, tive essa ideia, falei com meus amigos, para surfar nesses lugares alagados, e meus amigos, malucos como eu, disseram bora”.

Acostumado a surfar no mar, Sidnei Santos contou que teve algumas dificuldades para subir na prancha, no asfalto. Apesar de ter se divertido, o baiano machucou o joelho e perdeu uma das unhas do pé.

“De início, tive aquele medo, estava tremendo e tal, ofegante, mas depois que você vai algumas vezes, você começa a pegar uma ‘basezinha’. Aí dá para se divertir e produzir o material”, contou.

Nas imagens, é possível perceber que enquanto o jovem surfa, carros e ônibus passam pelo local. Sidnei Santos disse que tinha se planejado com os amigos, para gravar quando tivesse poucos veículos na pista.

“Fiquei com medo e disse: ‘Mano, a gente pode cair a qualquer momento aqui. E se der merda e eu parar embaixo desses carros? Vai dar um acidente grave, então é melhor a gente tomar o máximo de cuidado possível'”.

“Aí a gente tentava ir quando tivesse um ou dois carros passando devagarzinho, mas tomando o maior cuidado do mundo, justamente pra não acontecer isso”, ressaltou.

Conteúdo G1