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SAÚDE

Alerta! Surtos de doenças controladas preocupam as autoridades

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Bryan, de 1 ano e filho de José Paulo, tomou a vacina de meningite, gripe, pneumocócica e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) - Foto: Olga Leiria | Ag. A TARDE

A cobertura vacinal contra sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice Viral D1) na Bahia caiu de 84,7% (2019) para 61,6% (2021) de acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). O sarampo, por si só, é seis vezes mais transmissível do que a covid-19 e a possibilidade de um surto da doença em Salvador tem preocupado a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que, mesmo unindo esforços com a campanha nacional de imunização, tem observado uma baixa adesão do atual público alvo: apenas 6% das crianças até 5 anos e 16% dos profissionais de saúde se vacinaram desde que a campanha teve início em abril.

“Estamos notando essa queda na cobertura desde 2016 e muito disso vem da falsa percepção de segurança por serem doenças que não são ‘vistas’ por aí. A covid todos nós vimos, então a população entrou em um desvio de foco muito perigoso, pois é um fato que precisamos nos vacinar contra covid, porém não podemos deixar as outras doenças de lado. Sem as outras vacinas em dia, abrimos brechas para que diversas doenças se instalem e se tem uma coisa que aprendemos com a pandemia é o quão rápido um vírus pode se espalhar”, explica a coordenadora de imunização da SMS, Doiane Lemos.

Essa baixa adesão das vacinas do calendário básico, junto ao constante trânsito de pessoas – sejam de turistas de outros países ou de brasileiros que viajam para o exterior e voltam – são a receita certa para a volta de doenças que já foram erradicadas no Brasil a algum tempo. “É um somatório de situações que contribuem para que a população fique mais suscetível a essas contaminações. Vacinamos pessoas saudáveis para que elas não fiquem doentes, a própria pandemia nos mostrou o impacto que a vacinação tem nos mais diversos âmbitos de nossas vidas, então a população precisa entender que as vacinas são prioridade”, afirma a coordenadora.

Por enquanto, o público alvo da campanha de vacinação contra o sarampo em Salvador permanece sendo os profissionais de saúde e crianças entre 6 meses e 5 anos, e Doiane Lemos reitera: “Mesmo as crianças que já estão com o calendário de vacina em dia e com a tríplice viral tomada, devem se dirigir aos postos para tomar essa dose de reforço”. As vacinas estão disponíveis em todas as 156 salas de imunização dos postos de saúde da rede municipal, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 8h às 17h.

Alerta nacional

A situação dos baianos preocupa, mas o alerta é nacional. Amapá e São Paulo já tiveram casos confirmados de sarampo este ano, e de acordo com dados da Unicef, a cobertura da Tríplice Viral D1 no Brasil caiu de 93,1% em 2019, para 71,49% em 2021. A cobertura contra a poliomielite – paralisia infantil – também tem causado preocupação já que, nesse mesmo período, foi de 84,2% para 67,7%. Assim como na Bahia, a pandemia foi um agravante no que diz respeito a queda do número de crianças sendo vacinadas no Brasil, mas isso já vinha acontecendo desde 2015.

“Para reverter esse cenário, é fundamental fortalecer os programas de imunização e os sistemas de saúde, além de incentivar as famílias a vacinar suas crianças. Na primeira infância as crianças recebem imunização contra, pelo menos, 17 doenças. O declínio nas taxas de vacinação coloca milhões de crianças e adolescentes em risco de doenças perigosas e evitáveis”, afirma a oficial de Saúde do Unicef no Brasil, Stephanie Amaral

Conteúdo/ ATARDE

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SAÚDE

Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país

O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

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Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.

Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.

De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Agência Brasil

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SAÚDE

Brasil integra rede da OMS para monitoramento de coronavírus

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países

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O Brasil passou a integrar um grupo internacional de monitoramento dos diferentes tipos de coronavírus. A rede de laboratórios, chamada de CoViNet, tem como objetivo identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. 

A CoViNet reúne 36 laboratórios de 21 países e é um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

No final de 2023, a OMS decidiu ampliar e consolidar a rede formada durante a pandemia e lançou uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet. 

Segundo o IOC/Fiocruz, os dados gerados pelo CoViNet irão orientar o trabalho dos Grupos Técnicos Consultivos sobre Evolução Viral (TAG-VE) e de Composição de Vacinas (TAG-CO-VAC) da Organização, garantindo que as políticas e ferramentas de saúde global estejam embasadas nas informações científicas mais recentes e precisas.

Metro1

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SAÚDE

Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz

Quadro é decorrente do crescimento de diferentes vírus respiratórios.

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Foto: BBC

O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.

Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.

“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.

Mortalidade

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.

Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Agência Brasil

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